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Acusado da morte de PM na casa de padre é condenado a 24 anos de prisão

Julgamento dos envolvidos na morte do PM Arruda foi nesta quinta (8)

(Com informações de Fábio Pereira – Hora 1 Matão)

Na manhã de quinta-feira (8), os três indivíduos envolvidos no caso do assassinato do Policial Militar Paulo Sérgio Arruda e de extorsão do Padre Edson Maurício foram julgados no Fórum de Matão.

Os crimes aconteceram entre os dias 7 e 19 fevereiro de 2018, quando o Padre Edson teria chamado quatro policiais militares que estavam de folga, para ajudá-lo, dizendo que estava sendo extorquido por três indivíduos, que o filmaram em atos libidinosos com um dos acusados. Eles exigiram a quantia de 80 mil reais ao Padre Edson para que não divulgassem o vídeo.

Na noite de 19 de fevereiro, 3 policias militares a paisana, entre eles o Sargento Paulo Sérgio Arruda do 13º batalhão de PM de Araraquara, estavam dentro da residência do Padre, e um quarto policial estaria do lado de fora da casa. Segundo as investigações, O padre teria marcado encontro com o trio e com a presença dos Policiais Militares acreditava que poderia pegar o vídeo, e imaginava que os policiais poderiam afugentar os três homens sem qualquer pagamento pelo resgate do celular com as imagens comprometedoras.

Aconteceu um conflito na casa, que culminou na morte do Sargento Paulo Sérgio.

A tese do Ministério Público Estadual é de que o soldador Edson Ricardo da Silva, 32, o “Banana”, Luiz Antônio Carlos Venção, 28, e o operador de empilhadeira Diego Afonso Siqueira Santos, o “Cocão” concorreram para os crimes de homicídio qualificado com promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe e também para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime, no caso, a extorsão.

O trio também responde pela extorsão cometida por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma. Edson, o “Banana”, que aparecia no vídeo em práticas sexuais com o Padre, ainda tem uma terceira acusação: a de ameaça porque teria jurado o padre de morte na fuga, após a morte do sargento Paulo Sérgio Arruda.

Edson Ricardo da Silva, o “Banana”, confirmou que extorquiu o padre e saía com ele para sustentar o vício em entorpecentes. Ele negou ter atirado no sargento, fato enfatizado pelo seu advogado.

Os homens estavam detidos no Anexo de Detenção Provisória de Araraquara e foram escoltados até o Fórum de Matão para o julgamento, que contou com 7 jurados.

O padre Edson Maurício, que está afastado das funções sacerdotais desde 22 de fevereiro de 2018, prestou depoimento e relatou que a chave de sua casa foi furtada, e revelou que os três réus entraram na sala de sua casa no dia do crime, e que viram que Banana estava armado. Ainda, disse que conhecia Banana há pouco tempo e que não conhecia os outros indivíduos, Venção e Cocão, que estavam com ele. A defesa dos acusados confrontou a versão do padre de que sua chave havia sido furtada, pois ele mesmo havia dito que as fechaduras foram trocadas na época.

Os policiais militares que acompanhavam o Sargento Arruda na noite do crime também prestaram depoimento e disseram que tentaram reanimá-lo após ser atingido pelo tiro. O PM que estava do lado de fora da casa relatou não ter visto nada, pois ficou responsável por fazer uma ronda nas proximidades.

Após 15 horas de julgamento, o juiz emitiu a sentença de 24 anos de prisão para Banana e Venção e 5 anos de prisão para Cocão, que já cumpriu parte da sentença e responderá apenas pelo crime de extorsão em liberdade. Banana e Venção foram condenados por homicídio e extorsão.

 

 

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