A reportagem completa sobre o caso você confere no programa Painel Paulista desta quarta-feira, a partir das 19 horas, na TV Cultura Paulista (canal 31 UHF/ 12 pela NET).
Direção da Universidade
Em nota divulgada na semana passada, os professores Arnaldo Cortina e Cláudio César de Paiva, diretor e vice diretor, respectivamente, da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp Araraquara, afirmam que todas as medidas foram tomadas com o intuito de proteger as estudantes e apurar o ocorrido.
O caso, segundo a nota, chegou à diretoria da universidade no dia 14 de outubro, quando uma aluna do curso de Ciências Sociais foi abordada pelo porteiro da moradia que foi violento com ela, dirigindo-lhe insultos. “Nesse mesmo dia, a aluna e sua colega de quarto, que presenciou o ocorrido, dirigiram-se à diretoria da unidade para relatar o fato e pedir providências. Imediatamente a direção solicitou ao diretor de serviços da faculdade, o Sr. Bento Bonavina, que tomasse as providências devidas. Ele relatou o fato a Falchi Serviços, empresa terceirizada que cuida da portaria da moradia e, nesse mesmo dia, o preposto da empresa comunicou ao porteiro que ele estava dispensado do serviço e que deveria se dirigir ao escritório da empresa”.
No último dia 17 de outubro, a aluna registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher de Araraquara, em que relatou comportamento de assédio sexual desse mesmo porteiro, ocorrido há já um ano, e o fato que aconteceu no dia 14.
No dia 7/11, praticamente um mês após ter sido afastado da moradia pela Falchi, o mesmo porteiro teria entrado na moradia com o uniforme da empresa alegando que iria recolher o livro de ocorrências para levar ao escritório da empresa. “Como o novo porteiro não sabia do fato ocorrido em 14/10, permitiu a entrada do ex-porteiro. Nesse momento, ele aproveitou que estava lá dentro, dirigiu-se à casa da aluna que havia registrado boletim de ocorrência contra ele para fazer-lhe ameaça. Como ela foi defendida por sua colega de quarto, a ameaça foi extensiva às duas”, afirma o texto.
Novamente a direção da faculdade entrou em contato imediatamente com o diretor de serviços e o responsável pela empresa para pedir explicações. Em seguida, solicitou que as alunas registrassem Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia para que o fato pudesse ser investigado pela polícia do município e para que a instituição pudesse tomar as devidas providências com o apoio do jurídico da Unesp.
“Por fim, é preciso dizer que a direção da FCL lamenta profundamente o fato ocorrido, pois se trata de um acontecimento completamente inesperado, indesejado e absurdo dentro das dependências de nossa instituição”, completa o texto.

