A Casa Cairbar Schutel, que presta atendimento psiquiátrico em Araraquara, confirmou nessa terça-feira (4), que Edmilson Silva da Rocha, de 38 anos, acusado de ter assassinado Tereza Margioti, de 59 anos, no Parque do Botânico, esteve internado na unidade e fugiu cinco dias antes do crime.
Segundo o hospital, o acusado foi admitido compulsoriamente, ou seja, por ordem judicial, para tratamento de transtorno mental devido ao uso de drogas no dia 22 de setembro. No entanto, ele fugiu às 8h10 do dia 25.
“Houve comunicação por familiares de sua chegada à residência e imediatamente o plantonista autorizou seu retorno ao hospital (25/09 – 19:00), porém (ESR) não mais retornou, sendo efetivada alta por abandono de tratamento. Foi comunicado também o SAMU e a Polícia Militar”, afirma a nota, assinada pelo diretor presidente Osvalte Juraci Nogueira.
A Casa Caibar afirma também que o “protocolo interno foi respeitado vez que os familiares foram comunicados e tendo o assistido destino sabido, abriu-se a possibilidade de seu retorno ao tratamento em até 72 horas da evasão. Cabe esclarecer também que não dispomos de aparato ou estrutura de segurança, muito menos espaços de contenção, sendo inclusive sua manutenção proibida pelas normas do Sistema Único de Saúde”.
Suspeito tentou estuprar estudantes
Outra denúncia que pesa contra Edmilson Silva da Rocha é uma tentativa de estupro, menos de 36 horas antes do crime do Botânico. Segundo registrado em boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), ele tentou roubar e estuprar duas estudantes na noite de quarta-feira, no Carmo. As jovens voltavam pra casa quando foram abordadas pelo indivíduo, que ameaçou e perseguiu as jovens exigindo a prática sexual.
Segundo a delegada Meirilene Castro, responsável pela DDM, o autor do homicídio no Botânico foi reconhecido pelas vítimas no álbum fotográfico da Polícia como o mesmo que tentou atacá-las. “Elas comentaram o fato de que a PM não as atendeu durante o registro da ocorrência”, completou a delegada.

