O porteiro do CER (Centro de Educação e Recreação) foi vítima de racismo e LGBTfobia no bairro do Yolanda Ópice. O caso aconteceu na última sexta-feira (19), a vítima procurou a Polícia Civil para denunciar a mãe de uma aluna após ter sofrido preconceito.
Segundo boletim de ocorrência, a vítima de 38 anos relatou que trabalha na unidade escolar como porteiro e que a mãe de uma aluna começou a gritar e bater no portão da creche. Em seguida. quando foi atendê-la a mulher começou a ofendê-lo com palavras racistas dizendo “vai seu preto, você tem que me atender bem neste portão”.
Após ter passado pela situação constrangedora, no horário de abertura habitual do portão a mãe da estudante voltou a fazer ofensas desta vez com palavras LGBTfóbicas “vou te esperar aqui fora, você é mulher igual a mim. Rapariga, vou esperar sua ligação na segunda”.
A vítima ainda relatou que as ofensas ocorreram na frente dos pais e estudantes da escola e só terminaram quando o ônibus foi embora.
Procurada. a Secretária Municipal de Educação se manifestou sobre o caso.
“A Secretaria Municipal de Educação informa que tomou conhecimento do caso e que a direção da escola prestou todo o apoio ao funcionário, que é de uma empresa terceirizada prestadora de serviço da unidade escolar. Imediatamente, a direção fez o acolhimento da vítima e o acompanhou até o Centro de Referência LGBTQIA+, onde ele foi orientado a buscar seus direitos na Polícia Civil, que agora dá andamento ao caso.
Para quem for vítima ou presenciar um caso de LGBTfobia na cidade, os encaminhamentos podem ser feitos pelo Centro de Referência e Resistência LGBTQIA+ “Nivaldo Aparecido Felipe de Miciano (Xuxa)”, que fica na Avenida Espanha, nº 536, Centro, e que pode ser contatado pelo telefone (16) 3339-5002. A cidade também conta com o plantão de atendimento 24 horas, que atende pelo número (16) 99751-3567. Importante ressaltar que em algumas situações de violência imediata, o número que deve ser acionado é o 190 da Polícia Militar”.