InícioDestaque PrincipalCesta básica fica R$ 8,73 mais barata em maio

Cesta básica fica R$ 8,73 mais barata em maio

Pesquisa aponta que os grupos de alimentação e limpeza doméstica, além carne de primeira – contrafilé, puxaram o valor total dos itens para baixo

O valor médio da cesta básica em Araraquara apresentou uma queda de 0,95% em maio de 2023, segundo pesquisa mensal do Núcleo de Economia do Sincomercio. Com isso, o preço médio da cesta, que em abril era de R$ 923,97, passou agora para R$ 915,23, ou seja, barateamento de R$ 8,73.

No período, o grupo de alimentação, que possui maior peso no custo total da cesta, e o de limpeza doméstica apresentaram queda de preço, com variação negativa de 0,99% (R$7,42) e 1,36% (R$1,44), respectivamente. Já os itens de higiene pessoal tiveram inflação, com aumento percentual de 2,37%, ou R$ 1,73.

No mesmo mês, os principais aumentos percentuais foram: alho (29,0%), linguiça fresca (10,0%), molho de tomate (4,0%), ovos brancos (3,9%) e macarrão com ovos (2,9%). E os produtos com maior decréscimo percentual foram: óleo de soja (-10,3%), batata (-7,8%), carne de primeira – contrafilé (-3,7%), sabão em pó (-3,5%) e feijão de carioca (-3,3%).

A carne de primeira – contrafilé foi a responsável pela maior queda em termos monetários, provocando o decréscimo de R$ 5,28 no custo médio da cesta, em razão da diminuição de R$ 1,76/quilo. Já a elevação que mais pesou no bolso do consumidor veio dos ovos brancos, que apresentou acréscimo de R$ 1,25 no custo da cesta analisada, em razão do aumento de R$ 0,42 no preço da dúzia do produto.

“Novamente o ovo branco foi um dos principais destaques entre as altas. Em relatório da CEPEA-ESALQ/USP, isso se deve por conta da oferta bastante restrita do produto no mês de maio, principalmente por conta do frio, que reduz a produtividade das poedeiras. Nas granjas, frente ao estado de emergência zoossanitária declarado em todo o território nacional, em função de casos de H5N1 em aves silvestres, os produtores seguem com cautela e estão tomando medidas sanitárias preventivas, a fim de evitar a contaminação das aves”, avalia Thais Gentile, pesquisadora do Núcleo de Economia do Sincomercio.

Já o produto que mais aliviou o bolso do consumidor foi a carne de primeira – contrafilé. De acordo com o CEPEA – ESALQ/USP, esse movimento ocorreu devido ao aumento na oferta de animais prontos para abate, em consequência dos investimentos realizados por pecuaristas em anos anteriores e, sobretudo, ao fim da safra e à piora da qualidade das pastagens. “Do lado da demanda, a compra da carne pelos frigoríficos está reduzida devido ao excesso de produtos em estoque, em fator da suspensão dos envios de carne bovina à China entre fevereiro e março deste ano, segundo a CEPEA”, diz Thais.

Em termos percentuais, quem apresentou a maior queda foi o óleo de soja. A CEPEA-ESALQ/USP aponta que houve baixa no preço da soja, pressionada pela finalização da colheita no Brasil e pelas condições climáticas favoráveis à semeadura da oleaginosa no Hemisfério Norte. Ainda em seu levantamento, indica que o enfraquecimento da demanda externa também pesou sobre as cotações. O óleo de soja, por ser um dos derivados desse produto, teve em seu preço o reflexo dessa queda.

Inflação

No acumulado de janeiro a maio de 2023, a cesta básica barateou R$ 42,68, o que corresponde a 4,46% de redução. Entre os grupos de produtos, o de alimentação e limpeza doméstica apresentaram redução, enquanto o de higiene pessoal inflacionou. Os produtos de limpeza doméstica registraram queda de 6,43% ou R$ 4,76, já os itens de higiene pessoal subiram 4,69%, equivalente a R$ 4,82, e o grupo de alimentação – o maior impacto financeiro – barateou 5,47%, ou R$ 42,73.  

Já entre os produtos analisados, 16 dos 32 apresentaram encarecimento entre os meses de janeiro e maio de 2023. Nesse sentido, os itens que apresentaram maior alta acumulada nos primeiros cinco meses do ano foram: ovos brancos (20,71%), feijão carioca (11,45%), creme dental (10,09%), absorvente higiênico (8,31%) e farinha de mandioca torrada (7,60%). Já os que apresentaram maiores reduções foram: cebola (-49,74%), batata (-20,96%), óleo de soja (-26,76%), carne de segunda – acém (-13,60%) e frango resfriado inteiro (-9,54%).

A variação acumulada em 12 meses para o custo total da cesta foi de -2,65% – barateamento de R$ 24,96. Entre os grupos de produtos, limpeza doméstica e higiene pessoal registraram aumento, enquanto alimentação, que possui maior peso sobre a cesta, apresentou redução. Os produtos de higiene pessoal registraram maior alta percentual de 13,05%, equivalente a R$ 12,39. Já os itens de alimentação reduziram -5,26%, ou -R$ 40,97. Por fim, o grupo de limpeza doméstica ficou 5,50% mais caro, ou R$ 3,62.

Entre os produtos, 21 dos 32 oscilaram para cima – o que corresponde a 65,63% dos itens que compõe a cesta básica analisada. No acumulado de maio de 2022 a maio de 2023, destacam-se: farinha de mandioca torrada (37,63%), ovos brancos (28,15%), creme dental (19,91%), leite em pó integral (19,41%) e extrato de tomate (19,30%). Já os produtos que apresentaram as maiores variações negativas foram: óleo de soja (-39,89%), cebola (-32,70%), batata (-24,57%), carne de segunda – acém (-16,74%) e carne de primeira – contrafilé (-10,24%).

Salário mínimo

O custo médio da cesta básica em Araraquara representa, atualmente, 70,3% do salário mínimo. O valor é inferior ao registrado no mês anterior, de 71%, e 7,3 pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo mês do ano anterior, em maio de 2022, quando o valor da cesta básica representava 77,6% do salário mínimo vigente à época. Em maio de 2021 e 2020, a cesta básica custava, em média, R$ 796,91 e R$ 645,33, representando, respectivamente, 72,4% e 61,8% do salário mínimo do araraquarense.

Para conferir a pesquisa completa, acesse www.sincomercioararaquara.com.br/nucleo-economia.

Serviço:

Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio)

Avenida São Paulo, 662 – Centro

Contato: (16) 3334-7070

economia@sincomercioararaquara.com.br

www.sincomercioararaquara.com.br/nucleo-economia

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