Vereadores da Câmara de Dourado/SP encaram, há dias, o desgaste da crítica do eleitor inconformado com os benefícios aprovados nos salários dos parlamentares. No dia 6 de setembro os vereadores aprovaram a Resolução 002/2023 que reajusta o salário dos vereadores em mais de 40%, além de tornar obrigatório o pagamento de 13º salário, férias proporcionais e plano de saúde. Os benefícios passam a valer na próxima legislatura.
Dourado, cidade com 8 mil habitantes, não paga plano de saúde aos servidores da Prefeitura. Após a aprovação relâmpago dos benefícios, as críticas ganharam as ruas, o caso repercutiu muito mal nas redes sociais, mas apesar da revolta do contribuinte, a presidente do Legislativo Rita Margarida Buzzá (PL) segue resistindo e não revogou a Resolução.
O Portal Morada apurou que os vereadores receberam o texto da Resolução poucos minutos antes do início da sessão e, apenas um parlamentar, votou contra. “Os vereadores não fizeram a leitura do texto”, disse uma fonte ligada à Câmara de Vereadores na condição de anonimato.
A reportagem apurou que, após a repercussão negativa e abordagens com críticas nas ruas, alguns vereadores revelaram arrependimento do voto e declararam a intenção em revogar a Resolução.
A Câmara de Dourado inova na região central do Estado de São Paulo ao criar o pagamento de 13º e férias para vereador. Cidades maiores como Araraquara, Matão, Américo Brasiliense, entre outras, não pagam esses benefícios aos parlamentares.
A reportagem tenta contato com a presidente da Câmara de Dourado/SP, Rita Margarida Buzzá (PL), desde sexta-feira, dia 22, mas não obteve resposta. Os contatos ocorreram no telefone da Câmara e WhatsApp da vereadora.