InícioCidadesCidadeHomem é condenado a 21 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado

Homem é condenado a 21 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado

Corpo da vítima foi encontrado em fevereiro de 2022 em um canavial de Araraquara; outras três pessoas acusadas continuam foragidas

O tribunal do Júri condenou na última terça-feira (17), no Fórum de Araraquara-SP, um homem acusado de participar da morte de Leandro Braga Virgulino, ocorrida em fevereiro de 2022.

A vítima era natural de Américo Brasiliense-SP, tinha 37 anos na época do crime e costumava frequentar a região do Bairro do Selmi Dei, zona norte de Araraquara-SP.

O corpo de Leandro foi encontrado em meio a um canavial pertencente à Fazenda Bom Retiro, em Araraquara e tinha marcas de violência, além de estar com cadarços em sua boca (leia matéria relacionada).

Depois do encontro do corpo, a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) iniciou as investigações e um homem identificado como Paulo Neves, foi apontado como um dos participantes do crime.

A DIG apurou também que mais três pessoas teriam envolvimento na morte de Leandro e pediu ao judiciário a expedição de mandados de prisão, porém, estas pessoas continuam foragidas.

Nesta terça-feira, após nove horas de julgamento, Paulo Neves, que é o único capturado até o momento, foi condenado a 21 anos e três meses de prisão em regime fechado pela participação no crime.

A condenação foi por homicídio triplamente qualificado com motivo torpe, emprego de meio cruel, emboscada, recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.

De acordo com o que apontou a investigação, Leandro seria um desafeto de três comerciantes. Segundo consta, Paulo Neves teria ajudado os demais investigados a encontrar e executar Leandro.

Nas palavras da advogada Josimara Veiga Ruiz, que atuou juntamente ao Ministério Público do Estado na acusação contra o réu, foi dada uma resposta à sociedade quanto ao fato:

“Esta condenação representa uma mensagem à sociedade: não toleramos a barbárie. Aguardamos, agora, a condenação exemplar também dos demais criminosos envolvidos”, disse.

Carlos Eduardo Patrocínio Rosa, advogado de defesa do réu, pedia a absolvição de Paulo Neves pelo crime de ocultação de cadáver, tentando a classificação como homicídio simples, mas a tese não foi acatada pelos jurados.

 “Há nos autos prova testemunhal e de vídeos de que Paulo não agrediu a vítima em nenhum momento e de que nem mesmo auxiliou efetivamente tanto na abordagem da vítima, quanto na sua remoção do local dos fatos após as agressões”, concluiu.

Ainda segundo Carlos Eduardo, “os antecedentes criminais do réu foram muito explorados pelo Ministério Público. A presença da família da vítima no plenário também foi muito explorada”, disse o advogado, que também falou sobre o uso de imagens da vítima para impressionar os jurados.

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