Apesar de sua aparência pouco atraente e de estarem associados a um mau presságio, os urubus-pretos (Coragyps atratus) são aves sem potencial ofensivo, não são vetores de doenças e não atacam os seres humanos. A primavera é o período reprodutivo dessa ave, que sai em busca de um lugar para criar seus filhotes e faz com que sua incidência seja maior no perímetro urbano.
Diante disso, a Prefeitura de Araraquara, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, orienta a população quanto aos cuidados necessários com essas aves..
O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Carlos Porsani, reforça que o setor tem recebido um grande número de ligações referentes a pedidos de resgate da ave.
“Desde agosto, temos recebido pelo menos um pedido de resgate por dia”, calcula ele.
O fiscal ambiental Rodrigo Batigalhia Aparecido explica que os urubus constroem seus ninhos em paredões rochosos e ao nível do solo em ambientes naturais, mas podem também utilizar partes de edificações, como vãos, forros, caixas d’água e sacadas.
“Os filhotes permanecem com os pais por aproximadamente sessenta dias e para evitar que os urubus nidifiquem em estruturas urbanas, são necessárias algumas intervenções, entre elas a instalação de telas para impedir o acesso das aves a esses locais, evitando assim a formação dos ninhos”, orienta.
Segundo eles, os filhotes podem sair dos ninhos despreparados para o primeiro voo e cair em residências ou áreas públicas. Nestes casos, a orientação é para a pessoa entrar em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade pelo telefone (16)3339-5000 ou com o Corpo de Bombeiros pelo (16) 3336-8070.
“Os profissionais saberão o melhor procedimento a ser realizado. É importante frisar que retirar ou mover esses filhotes consiste em crime ambiental”, ressalta.
A servidora da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Daniela Fernandes Côrtes, acrescenta ainda que essas aves são animais saprófagos, ou seja, alimentam-se principalmente de restos de animais mortos, mesmo em avançado estado de decomposição, possuindo importante função ecológica, sendo, por esse motivo, conhecidos também como os faxineiros da natureza.
“Nos centros urbanos, são geralmente vistos consumindo carcaças e lixo orgânico, realizando a limpeza dessas vias e impedindo a atração e a multiplicação de eventuais vetores de doenças”, conclui.
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