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Ferroviária na década de 2010: Volta aos trilhos

Acesso de 2015 encerrou período de quase 20 anos longe da elite estadual e promoveu retorno aos torneios nacionais

A década de 2010 teve início com a Ferroviária na Série A3 do Paulista. O time embalou no final da primeira fase e no quadrangular final, com destaques como o camisa 10 Leandro Miranda e o meia Tobias. Em 5 de maio, o time conquistou o acesso com uma rodada de antecedência ao empatar com o XV de Piracicaba por 1 a 1 na casa do adversário. A equipe grená ficou com o vice-campeonato ao perder a final para o Red Bull. Na Copa Paulista do mesmo ano, a Locomotiva venceu oito jogos seguidos, recorde de sua história.
 
Em 2011, a Ferroviária não conseguiu passar da primeira fase da Série A2. Na Copa Paulista, sucumbiu nas quartas de final para o Comercial. Em 2012, com a boa fase do artilheiro Fabrício Carvalho, chegou a avançar à segunda fase, porém sucumbiu na etapa seguinte. Na Copa Paulista daquele ano, o time grená chegou à semifinal, porém foi eliminado pelo Audax.

Em 2013, a Locomotiva escapou do rebaixamento na última rodada, em um dia de muita adrenalina na Fonte Luminosa, já que a equipe deveria vencer seu jogo e ainda torcer por uma combinação de resultados. Com a fé do técnico Jorge Saran, a equipe bateu o Santo André por 1 a 0, gol de Jônatas Obina, e contou com os outros resultados que a ajudaram a se manter na Série A2. Na Copa Paulista, a eliminação veio já na segunda fase.

Na Série A2 de 2014, o time araraquarense teve um bom início, porém terminou no meio da tabela (9º). Na Copa Paulista, não passou da segunda fase. No final daquela campanha, a Ferroviária anunciou a contratação do técnico Milton Mendes, que no início foi visto com desconfiança por grande parte dos torcedores por ser um nome até então desconhecido no cenário paulista.

Mas o ano de 2015 foi histórico para a Ferroviária. Com Milton Mendes no comando e um elenco que encaixou dentro de campo, o time conquistou o título do Campeonato Paulista da Série A2 de forma incontestável e carimbou seu retorno à elite estadual, posto que não ocupava desde 1996. Sete afeanos integraram a Seleção da A2: o goleiro Rodolfo, os laterais Paulo Henrique e Roberto, o volante Renato Xavier, o meia Alan Mineiro (que também foi eleito o craque do campeonato) e o técnico Milton Mendes. Naquele ano, a Ferroviária não disputou a Copa Paulista.

O retorno da camisa grená na Série A1 teve um início arrasador em 2016, quando foi anunciada a chegada do técnico português Sérgio Vieira. O time fez grandes jogos contra Corinthians (2 a 2 na Fonte) e Palmeiras (vitória afeana por 2 a 1 no Allianz Parque) e tinha a melhor campanha geral quando caiu bruscamente de rendimento, demitiu o treinador e quase amargou o rebaixamento na última rodada. Paralelamente, disputou a Copa do Brasil, onde passou pelo Salgueiro-BA na primeira fase (vitória fora de casa por 2 a 1), porém acabou eliminada pelo Fluminense: empatou por 3 a 3 em um jogo eletrizante na Fonte, porém perdeu por 3 a 0 em Volta Redonda-RJ. No mesmo ano, chegou à final da Copa Paulista, porém perdeu a final nos pênaltis para o XV de Piracicaba. Ainda assim, garantiu presença na Copa do Brasil do ano seguinte.

Em 2017, teve um início turbulento no Paulistão e só escapou do rebaixamento nas últimas rodadas, quando conquistou vitórias surpreendentes sobre o Santos (1 a 0 na Vila Belmiro) e Corinthians (1 a 0 em Araraquara). Na Copa do Brasil, sucumbiu na primeira fase ao sofrer um gol nos últimos minutos e empatar por 1 a 1 com o ASA-AL. Mas a alegria viria na Copa Paulista com o título conquistado com uma vitória nos pênaltis sobre a Inter de Limeira. Naquele elenco, comandado por PC de Oliveira, destaques para o goleiro Tadeu e o artilheiro Léo Castro. Com o título, a Ferroviária assegurou sua presença na Série D do Brasileiro do ano seguinte.

No Paulistão de 2018, a Ferroviária novamente foi eliminada na primeira fase (13º), assim como ocorreu na Série D, conde acabou eliminada sem vencer nenhum jogo (três empates e três derrotas). Na Copa Paulista, voltou a disputar a final, mas dessa vez levou a pior nos pênaltis contra o Votuporanguense. Mesmo assim, ficou com a vaga na Série D, já que o time campeão optou pela vaga na Copa do Brasil.

O ano de 2019 foi marcante para a Locomotiva no Paulistão, onde chegou às quartas de final e fez dois jogos memoráveis contra o Corinthians, ambos empatados por 1 a 1. Na decisão por pênaltis, o alvinegro levou a melhor, porém não tirou o brilho da equipe afeana comandada por Vinícius Munhoz, que contava com destaques como Tadeu, Rayan, Tony e Léo Artur. Na Série D, o time chegou a avançar à segunda fase, mas foi eliminado nos pênaltis pelo Cianorte-PR. Na Copa Paulista, a equipe sucumbiu na terceira fase, que definiria os semifinalistas.

O ano terminou com o anúncio da compra da maior parte das ações do clube pelo grupo MS Sports, do empresário Sul Klein, herdeiro das Casas Bahia. Com sua chegada, deixaram o clube o técnico Vinícius Munhoz e o diretor de futebol Roque Júnior. Klein anunciou Marcelo Vilar como treinador, porém o profissional deixou o clube uma semana antes do início do Paulistão. Com a chegada de Sérgio Soares, a Ferroviária teve um início turbulento, mas entrou nos trilhos e estava com oito jogos sem derrotas quando o Paulistão foi paralisado por conta da pandemia do coronavírus. Na Copa do Brasil, pela primeira vez o time chegou à terceira fase, passando por Avaí-SC e Águia Negra-MS. Empatou o jogo de ida por 0 a 0 com o América-MG em Araraquara. Na semana passada, o clube anunciou a saída de Sérgio Soares. Enquanto aguarda o fim do isolamento social, a diretoria planeja um novo ciclo para o clube. 

Já os torcedores estão na expectativa pelas promessas do novo investidor, que revelou o objetivo de colocar a Ferroviária na elite do futebol brasileiro em um espaço de cinco anos. Com derrotas ou vitórias, o certo é que muita emoção ainda vem por aí. 

 

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