O atacante Bruno Mezenga fez história com a camisa da Ferroviária. Com o encerramento do Paulistão 2021 neste domingo (24), o dono da camisa 9 grená terminou como o principal artilheiro da competição, conquistando uma façanha que não era alcançada há 31 anos.
Com 9 gols marcados nesta edição, o jogador de 32 anos ficou à frente de Moisés (Ponte Preta), com 6 gols, e Jenison (Novorizontino), com 5, que foram os principais goleadores do estadual.
Essa é a terceira vez que a Locomotiva tem o artilheiro do Paulistão. O primeiro a conquistar esse feito foi Téia, que marcou 20 gols no estadual de 1968 e deixou para trás o próprio Rei Pelé, que foi o principal goleador da competição em 11 edições dentro daquele período.
O segundo artilheiro grená foi Vonei, que marcou 12 gols em 1990 e dividiu a artilharia com Rubem do Guarani e Alberto do Ituano. O afeano, no entanto, lamenta até hoje um gol mal anulado pela arbitragem na reta final da competição, que lhe daria a artilharia isolada daquele ano.
De saída
A má notícia para a torcida da Ferroviária é que, apesar de ter contrato até maio de 2022, Mezenga não deve defender o time no Campeonato Brasileiro da Série D. Isso porque seu bom desempenho no Paulista fez despertar o interesse de vários clubes do futebol brasileiro e rumores indicam que ele já estaria acertado verbalmente com o Goiás para a disputa da Série B.
Em sua última entrevista com a camisa grená, após a derrota para o São Paulo por 4 a 2 nas quartas de final, o afeano agradeceu ao clube pela oportunidade de brigar pela artilharia. "Graças a Deus consegui essa sequência de jogos e só tenho a agradecer a Ferroviária por ter confiado no meu trabalho e também aos treinadores que aqui passaram, o Pintado e o Elano, que acreditaram em mim. Só tenho a agradecer", disse ele.
Quem também já teve o gostinho de ser artilheiro do Paulistão é o técnico Elano, que em 2011 marcou 11 gols pelo Santos e dividiu a artilharia do estadual com Liedson do Corinthians. O treinador da Ferroviária iniciará agora uma reformulação no elenco para o segundo semestre. A Locomotiva tem sua estreia na Série D marcada para o dia 5 de junho, um sábado, às 17 horas, contra o Uberlândia na Fonte Luminosa. A equipe araraquarense integra o Grupo A6 da Série D ao lado de Água Negra-MS, Boa-MG, Patrocinense-MG, Caldense-MG e Rio Branco-ES.
ARTILHEIROS DO PAULISTÃO 2021
9 GOLS
Ferroviária – Bruno Mezenga
6 GOLS
Ponte Preta – Moisés
5 GOLS
Novorizontino – Jenison
4 GOLS
Guarani – Andrigo
Novorizontino – Danielzinho
São Bento – Diego Tavares
São Paulo – Gabriel Sara e Pablo
3 GOLS
Botafogo – Luketa
Ituano – Gabriel Taliari
Mirassol – Diego Gonçalves, Fabrício e Pedro Lucas
Novorizontino – Cléo Silva
Palmeiras – Willian
Ponte Preta – João Veras
Red Bull Bragantino – Ytalo e Vitinho
Santos – Kaio Jorge e Lucas Braga
São Paulo – Arboleda, João Rojas, Luciano e Vitor Bueno
2 GOLS
Botafogo – Neto Pessoa
Corinthians – Gustavo Mosquito, Jamerson, Jô, Mateus Vital e Raul Gustavo
Ferroviária – Higor Meritão, Renato Cajá e Rogério
Inter de Limeira – Bruno Xavier e Roger
Ituano – Branquinho, Fernandinho, Iago Dias e Matheus Silva
Novorizontino – Felipe Rodrigues e Guilherme Queiroz
Palmeiras – Gustavo Scarpa e Lucas Lima
Ponte Preta – Paulo Sérgio
Red Bull Bragantino – Claudinho Helinho e Hurtado
Santo André – Gegê, Ramon e Vitinho Schimith
São Paulo – Igor Vinícius
1 GOL
Botafogo – Dudu e Martineli
Corinthians – Bruno Mendez, Camacho, Cauê, Fábio Santos, Fagner, Luan, Lucas Piton, Luis Mandaca, Otero e Rodrigo Varanda
Ferroviária – Anderson Rosa, Felipe Marques, Hygor, Julio Vitor, Vinicius Zanocelo, Xandão e Yuri
Guarani – Airton, Bruno Sávio, Davó, Júlio César, Rafael Costa e Rodrigo Andrade
Inter de Limeira – Lucas Batatinha, Mardley, Rafael Santos, Rondinelly e Thalisson Kelven
Ituano – Bruno Lopes, Fernando Medeiros e Léo
Mirassol – Daniel Borges, Danilo Boza, Moraes, Rafael Silva, Rafinha e Samuel Santos
Novorizontino – Barba, Bruno Aguiar, Douglas Baggio, Edson Silva, Léo Baiano, Murilo Rangel e Pereira
Palmeiras – Breno Lopes, Danilo, Esteves, Gabriel Silva, Gustavo Gómez, Luiz Adriano, Newton, Rafael Papagaio, Rony, Victor Luis, Viña e Wesley
Ponte Preta – Apodi, Camilo e Léo Naldi
Red Bull Bragantino – Aderlan, Chrigor, Eric Ramires e Pedrinho
Santo André – Caio Rangel, Fernandinho, Marino e Pedro Vitor
Santos – Bruno Marques, Jean Mota, Sabino e Vinícius Baliero
São Bento – Allan Dias, Geovane Itinga e Julinho
São Caetano – Caetano, Carlos Alexandre, Daciel e Guilherme Castro
São Paulo – Daniel Alves, Éder, Galeano, Igor Gomes, Liziero, Miranda, Reinaldo, Rodrigo Freitas, Rodrigo Nestor, Tchê Tchê e Wellington
GOLS CONTRA
2 GOLS
Mirassol – Danilo Boza (para o Ituano e para o São Paulo)
1 GOL
Ferroviária – Saulo (para o Guarani)
Guarani – Matheus Ludke (para o Palmeiras)
Inter de Limeira – Deivid (para o Santos)
Novorizontino – Robson (para o Botafogo)
Red Bull Bragantino – Léo Ortiz (para o São Paulo)
Santos – Luan Peres (para o São Paulo)
São Bento – Bruno Leonardo (para o Botafogo) e Gabriel (para o Botafogo)
São Caetano – Tony (para o Palmeiras)
ARTILHEIROS DO PAULISTÃO AO LONGO DA HISTÓRIA
1902 – Charles Miller (São Paulo Athletic) – 10 gols;
1903 – Álvaro (Paulistano) e Herbert Boyes (São Paulo Athletic) – 4 gols;
1904 – Charles Miller e Herbert Boyes (São Paulo Athletic) – 9 gols;
1905 – Hermann Friese (Germânia) – 14 gols;
1906 – Fuller (Germânia) – 6 gols;
1907 – Léo (Internacional) – 8 gols;
1908 – Peres (Paulistano) – 6 gols;
1909 – Bibi (Paulistano) – 9 gols;
1910 – Herbert Boyes (São Paulo Athletic), Eurico (AA das Palmeiras) e Rubens Sales (Paulistano) – 9 gols;
1911 – Décio (Americano) – 7 gols;
1912 – Friedenreich (Mackenzie) – 12 gols;
1913 – Luiz (AA das Palmeiras), José Pedro, Luiz Alves, Renato e Whately (Mackenzie), e Mesquita (Paulistano) – 3 gols;
1914 – Friedenreich (Ypiranga) e Neco (Corinthians) – 12 gols;
1915 – Nazaré (AA das Palmeiras/APEA) e Facchini (Campos Elíseos/LPF) – 13 gols/APEA e 17 gols/LPF
1916 – Mariano (Paulistano/APEA) e Aparício (Corinthians/LPF) – 8 gols/APEA e 7 gols/LPF
1917 – Friedenreich (Ypiranga) – 15 gols;
1918 – Friedenreich (Paulistano) – 25 gols;
1919 – Friedenreich (Paulistano) – 26 gols;
1920 – Neco (Corinthians) – 24 gols;
1921 – Friedenreich (Paulistano) – 33 gols;
1922 – Gambarotta (Corinthians) – 19 gols;
1923 – Feitiço (AA São Bento) – 18 gols;
1924 – Feitiço (AA São Bento) – 14 gols;
1925 – Feitiço (AA São Bento) – 10 gols;
1926 – Heitor (Palestra Itália/APEA) e Filó (Paulistano/LAF) – 18 gols/APEA e 16 gols/LAF
1927 – Araken (Santos/APEA) e Friedenreich (Paulistano/LAF) – 31 gols/APEA e 13 gols/LAF
1928 – Heitor (Palestra Itália/APEA) e Friedenreich (Paulistano/LAF) – 16 gols/APEA e 29 gols/LAF
1929 – Feitiço (Santos/APEA) e Friedenreich (Paulistano/LAF) – 12 gols/APEA e 16 gols/LAF
1930 – Feitiço (Santos) – 37 gols;
1931 – Feitiço (Santos) – 39 gols;
1932 – Romeu (Palestra Itália) – 18 gols;
1933 – Valdemar de Brito (São Paulo) – 31 gols;
1934 – Romeu (Palestra Itália) – 13 gols;
1935 – Figueiredo (Ypiranga/APEA) e Teleco (Corinthians/LPF) – 19 gols/APEA e 9 gols/LPF
1936 – Carioca (Portuguesa/APEA) e Teleco (Corinthians/LPF) – 18 gols/APEA e 28 gols/LPF
1937 – Teleco (Corinthians) – 15 gols;
1938 – Eliseu (São Paulo) – 13 gols;
1939 – Teleco (Corinthians) – 32 gols;
1940 – Peixe (Ypiranga) – 21 gols;
1941 – Teleco (Corinthians) – 26 gols;
1942 – Milani (Corinthians) – 24 gols;
1943 – Hércules (São Paulo) – 19 gols;
1944 – Luizinho (São Paulo) – 22 gols;
1945 – Servílio (Corinthians) e Passarinho (São Paulo Railway) – 17 gols;
1946 – Servílio (Corinthians) – 19 gols;
1947 – Servílio (Corinthians) – 19 gols;
1948 – Cilas (Ypiranga) – 19 gols;
1949 – Friaça (São Paulo) – 24 gols;
1950 – Pinga (Portuguesa) – 22 gols;
1951 – Carbone (Corinthians) – 30 gols;
1952 – Baltazar (Corinthians) – 27 gols;
1953 – Humberto Tozzi (Palmeiras) – 22 gols;
1954 – Humberto Tozzi (Palmeiras) – 36 gols;
1955 – Del Vecchio (Santos) – 23 gols;
1956 – Zizinho (São Paulo) – 16 gols;
1957 – Pelé (Santos) – 17 gols;
1958 – Pelé (Santos) – 58 gols;
1959 – Pelé (Santos) – 44 gols;
1960 – Pelé (Santos) – 34 gols;
1961 – Pelé (Santos) – 47 gols;
1962 – Pelé (Santos) – 37 gols;
1963 – Pelé (Santos) – 22 gols;
1964 – Pelé (Santos) – 34 gols;
1965 – Pelé (Santos) – 49 gols;
1966 – Toninho Guerreiro (Santos) – 24 gols;
1967 – Flávio (Corinthians) – 21 gols;
1968 – Téia (Ferroviária) – 20 gols;
1969 – Pelé (Santos) – 26 gols;
1970 – Toninho Guerreiro (São Paulo) – 13 gols;
1971 – César (Palmeiras) – 18 gols;
1972 – Toninho Guerreiro (São Paulo) – 17 gols;
1973 – Pelé (Santos) – 11 gols;
1974 – Geraldo (Botafogo) – 23 gols;
1975 – Serginho Chulapa (São Paulo) – 22 gols;
1976 – Sócrates (Botafogo) – 15 gols;
1977 – Serginho Chulapa (São Paulo) – 32 gols;
1978 – Juari (Santos) – 29 gols;
1979 – Luis Fernando (América) – 21 gols;
1980 – Edmar (Taubaté) – 17 gols;
1981 – Jorge Mendonça (Guarani) – 38 gols;
1982 – Casagrande (Corinthians) – 28 gols;
1983 – Serginho Chulapa (Santos) – 22 gols;
1984 – Chiquinho (Botafogo) e Serginho Chulapa (Santos) – 16 gols;
1985 – Careca (São Paulo) – 23 gols;
1986 – Kita (Inter de Limeira) – 23 gols;
1987 – Edmar (Corinthians) – 19 gols;
1988 – Evair (Guarani) – 19 gols;
1989 – Toninho (Portuguesa) e Toni (São José) – 13 gols;
1990 – Vonei (Ferroviária), Rubem (Guarani) e Alberto (Ituano) – 20 gols;
1991 – Raí (São Paulo) – 20 gols;
1992 – Válber (Mogi Mirim) – 17 gols;
1993 – Viola (Corinthians) – 20 gols;
1994 – Evair (Palmeiras) – 23 gols;
1995 – Paulinho McLaren (Portuguesa) e Bentinho (São Paulo) – 20 gols;
1996 – Giovanni (Santos) – 24 gols;
1997 – Dodô (São Paulo) – 19 gols;
1998 – França (São Paulo) – 12 gols;
1999 – Alex (Palmeiras) – 12 gols;
2000 – França (São Paulo) – 18 gols;
2001 – Washington (Ponte Preta) – 16 gols;
2002 – Alex Alves (Juventus) – 17 gols;
2003 – Luis Fabiano (São Paulo) – 8 gols;
2004 – Vagner Love (Palmeiras) – 12 gols;
2005 – Finazzi (América) – 17 gols;
2006 – Nilmar (Corinthians) – 18 gols;
2007 – Somália (São Caetano) – 13 gols;
2008 – Alex Mineiro (Palmeiras) – 15 gols;
2009 – Pedrão (Barueri) – 16 gols;
2010 – Ricardo Bueno (Oeste) – 16 gols;
2011 – Elano (Santos) e Liedson (Corinthians) – 11 gols;
2012 – Neymar (Santos) – 20 gols;
2013 – William (Ponte Preta) – 13 gols;
2014 – Alan Kardec (Palmeiras), Léo Costa (Rio Claro), Cícero (Santos) e Luis Fabiano (São Paulo) – 9 gols;
2015 – Ricardo Oliveira (Santos) – 11 gols;
2016 – Roger (RB Brasil) – 11 gols;
2017 – Gilberto (São Paulo) e William Pottker (Ponte Preta) – 9 gols;
2018 – Borja (Palmeiras) – 7 gols;
2019 – Jean Mota (Santos), Ytalo (RB Brasil), Diego Cardoso (Guarani) e Rafael Costa (Botafogo) – 7 gols;
2020 – Ytalo (Bragantino) – 7 gols;
2021 – Bruno Mezenga – 9 gols.