Mais uma vez o presidente da Câmara de Araraquara, Elias Chediek (PMDB), não conseguiu colocar em votação o projeto de lei que reajusta a taxa de resíduos sólidos no município.
Após duas tentativas – em uma sessão ordinária e outra extraordinária-, a matéria voltou ao plenário para votação na noite desta terça-feira, dia 6, mas a decisão foi novamente adiada.
Diante de um plenário lotado, protestos e muito barulho, Chediek suspendeu três vezes a reunião, que começou às 18h. Às 20h47 o presidente anunciou a suspensão por quatro horas, se reuniu com os vereadores da base governista a porta fechada e, duas horas depois, retornou ao plenário para cancelar a sessão, alegando falta de segurança e condições para prosseguir com os trabalhos.
Mas, de acordo com o regimento interno da Casa, o projeto da taxa do lixo pode voltar a qualquer momento para debate pela quarta vez. Cabe ao presidente a decisão de convocar ou não uma extraordinária ou aguardar a sessão da próxima terça-feira.
Porta fechada
Muitos manifestantes deixaram a Câmara após o presidente anunciar que a sessão estava suspensa por quatro horas. Mas os que ficaram demonstravam disposição para esperar o tempo necessário e tentar impedir a aprovação do projeto.
Aproveitando que alguns estavam nos corredores, durante o intervalo da sessão, seguranças da Casa e Guardas Municipais bloquearam a porta do plenário, impedindo o acesso de volta ao local.
Houve protestos, o presidente foi hostilizado e taxado de ditador, mas finalmente Chediek permitiu que os jovens voltassem ao plenário. Minutos depois, ás 22h45, o presidente cancelou a sessão.