Depois de uma classificação emocionante para a final da Copa Paulista após a decisão por pênaltis contra o São Caetano na Fonte Luminosa, o técnico Antônio Picoli, da Ferroviária, comemorou a vaga e destacou o trabalho realizado pelo grupo no dia-a-dia. Em entrevista concedida após o jogo ao repórter Marcos Chiocchini, dos Campeões da Bola da Rádio Cultura, o treinador afirmou que gostaria de avançar com uma vitória no tempo normal, mas contou que preparou o time para a situação de encarar uma decisão por pênaltis.
“Estávamos desde terça-feira trabalhando em cima disso. Quando você vai para uma decisão em que a regra diz que essas coisas podem acontecer, você não está olhando apenas para isso, mas você não pode ser pego de surpresa. Por isso todos treinaram pênaltis, todos sem exceção. Conforme vai se aproximando o dia do jogo, a gente vai definindo os possíveis 18 jogadores e vai direcionando para eles. Isso tudo é resultado de muito trabalho de uma comissão técnica e de todos os funcionários do time. Não tem acaso, você não chega a esses números apertando um botão. É muito trabalho, pode ter certeza”, analisou.
O comandante afeano falou sobre um dos pontos fortes do elenco, que é o clima que cerca o cotidiano do time. “Eu disse lá no vestiário que a gente fazia parte de um ambiente bacana e que eu conhecia cada um deles. A gente fica de olho no semblante deles e a gente conhece. A gente tenta apertar um parafuso e às vezes erra o parafuso e é outro. E assim vamos construindo o ambiente, onde tem algo que não se negocia, que é a disciplina. Ela pode envergar, mas jamais vai quebrar. Dentro dessa ideia, eles vão se adaptando. Conosco também ela dá essa arqueada em algum momento. E assim vai se consolidando uma ideia de trabalho, um grupo e um ambiente para a instituição. Isso é bom porque os resultados estão aparecendo”, explicou.
Picoli volta agora suas atenções para a final da competição, cujo adversário sairá do jogo deste domingo entre Rio Claro e XV de Piracicaba. “Enfrentamos um adversário extremamente equilibrado. Vamos agora para outro confronto que, independente do adversário, será muito difícil. Vamos dar aquela olhadinha básica no jogo para entender o que está acontecendo”, admite.
O treinador falou sobre a meta da equipe nessa reta final de competição. “Dentro daquilo tudo que o futebol exige, nossos jogadores estão evoluindo. A evolução é contínua, é constante. Para continuar crescendo, é preciso maturidade para passar por esse tipo de desafio. Já estamos em uma competição de nível nacional, colocando a Ferroviária devagar em seu devido lugar, mas o pensamento é a vaga na Série D, isso ninguém esconde. Mas se isso não acontecer, temos que ver que o outro lado está acontecendo, já que a ideia era fazer com que os atletas mais jovens ganhassem corpo e maturidade, ou como falamos no futebol, horas de voo. As intenções da Ferroviária são de crescimento contínuo como instituição e outros desafios muito grandes virão”, completou Picoli.
