O traficante mais procurado da América do Sul, preso pela Polícia Federal, sábado, dia 01, na cidade de Sorriso (MT), tinha em Araraquara um dos seus centros de distribuição de drogas mais importantes no Brasil.
Após a prisão do “embaixador do tráfico”, um dos delegados federais envolvidos na investigação, disse em entrevista coletiva que Luiz Carlos da Rocha importava toneladas de cocaína de países produtores da droga como Bolívia, Peru e Colômbia em pequenos aviões até suas fazendas no Mato Grosso. Dali, mandava a droga para depósitos em Araraquara e Cotia em fundos falsos de caminhões, preparados para esse tipo de transporte.
Segundo a investigação da PF, a “central” de Araraquara era responsável por fazer a distribuição da cocaína para os Estado de São Paulo e Rio de Janeiro. Já o depósito de Cotia exportava a droga pelo porto de Santos. Mas aviões também faziam o transporte para os Estados Unidos e Europa.
Megaoperação da PF
Para prender o traficante mais procurado da América do Sul, a Polícia Federal montou uma grande operação com 150 policiais e cumpriu 24 mandados judiciais em São Paulo, Araraquara, Cotia, Embu das Artes, Londrina (PR) e Sorriso (MT).
Luiz Carlos da Rocha, conhecido como “Cabeça Branca”, estava foragido há cerca de 30 anos. Ele é dono de um patrimônio estimado em US$ 100 milhões. Para despistar a polícia, ele fez cirurgias plásticas e está com um rosto que aparenta ter 20 anos menos que seus 60 que tem na verdade.
Apreensões
Nove imóveis e dez veículos também foram apreendidos, além US$ 2 milhões, em espécie, que estavam guardados em malas na casa dele. Um homem, acusado de ser responsável pela movimentação de dinheiro do Paraguai e São Paulo, braço direito do líder do tráfico, também foi preso.
Em Araraquara ninguém foi preso, segundo a Polícia Federal, que continua investigando 20 suspeitos de integrarem o grupo do “Cabeça Branca”.