InícioEsporteMaritaca se emociona em reencontro com a Fonte

Maritaca se emociona em reencontro com a Fonte

Atacante que brilhou com a camisa da Ferroviária na década de 60 relembra início de carreira

O Estádio da Fonte Luminosa recebeu no último dia 21 a visita de um dos maiores nomes da história da Ferroviária: o ex-atacante Wilson de Almeida, o Maritaca, que foi trazido à cidade pela organização do amistoso entre as equipes másters de Ferroviária e Flamengo, que terminou com a vitória dos visitantes por 4 a 1.

Hoje com 69 anos de idade, Maritaca não entrou em campo, mas foi um dos personagens mais requisitados pelos torcedores que foram ao estádio para ‘matar saudade’ dos craques que marcaram época pelas duas equipes. À beira do gramado, o ex-jogador falou da sensação de rever o palco onde brilhou com a camisa grená. “É com muita alegria e muita satisfação que retorno à Fonte Luminosa porque o início da minha carreira foi aqui e a Ferroviária foi um divisor de águas na minha vida. Tudo aconteceu por causa da Ferroviária”, explicou o craque, que aproveitou a ocasião para participar da preleção dos jogadores da Ferroviária e reviver o clima do vestiário antes da partida.

O ex-jogador se emocionou ao relembrar do início de sua carreira. “Eu vejo esse gramado e me lembro de um menino que saiu de Casa Branca amedrontado e de repente se abriu um novo caminho para ele aqui em Araraquara. E a Ferroviária era uma família”, revela o ídolo, que hoje reside em Casa Branca e trabalha no ramo de confecção de tecidos.

Maritaca vestia a camisa 8 da Ferroviária e é lembrado pelos araraquarenses pelo gol marcado na final da Segunda Divisão de 1966, no Pacaembu, debaixo de muita chuva, na quarta-feira, 21 de dezembro de 1966. O gol marcou a volta da Ferroviária à principal divisão do futebol estadual e abriu as portas para as campanhas memoráveis do Tricampeonato do Interior (1967, 1968 e 1969). Defendeu ainda as camisas do Corinthians, Botafogo do Rio de Janeiro, Botafogo de Ribeirão Preto e XV de Piracicaba, onde encerrou sua carreira em 1976.

“É uma alegria enorme toda vez que eu volto em Araraquara. Querendo ou não, fizemos uma história e recebemos benefícios até hoje pelo que fizemos aqui, seja por um golzinho ou outras coisas que fizemos em campo e o torcedor reconheceu. E até hoje, quando venho para cá, é muita gente que eu reencontro, que relembra, que vem falar comigo sobre aqueles tempos. Costumo dizer que Araraquara é a extensão da minha casa”, acrescenta.

Maritaca foi um dos ex-jogadores que tiveram a ideia de começar a reunir craques do passado em eventos com o intuito de ajudar famílias carentes. O próprio amistoso entre Ferroviária e Flamengo foi uma ideia do grupo 'Amigos do Bem'. “Faz 13 anos que eu, o Colli e o Rondinelli, um dia em uma conversa, chegamos à conclusão de que pelo tanto que o futebol foi generoso conosco, precisaríamos fazer alguma coisa para retribuir pelo tanto que recebemos. Pensamos em fazer um time e começar a jogar pelo interior afora para arrecadação de alimentos, porque tem muitos irmãos nossos passando por penúria e necessidade”, completa Maritaca.

 

 

 

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