Pela primeira vez na história, um homem poderoso do futebol brasileiro foi condenado pela Justiça. José Maria Marin, ex-presidente da CBF, entre 2012 e 2015, hoje com 85 anos, foi considerado culpado, nesta sexta-feira (22), nos Estados Unidos, em seis das sete acusações de crimes no "caso Fifa".
O ex-dirigente foi inocentado de lavagem de dinheiro na Copa do Brasil, mas condenado por três crimes de fraude (Copa América, Libertadores e Copa do Brasil), dois de lavagem de dinheiro (Copa América e Libertadores) e um por integrar uma organização criminosa.
Acusado de receber US$ 6,5 milhões em propinas durante os três anos em que comandou a CBF, Marin foi condenado pelo júri popular no Tribunal Federal do Brooklyn, em Nova York. Em troca de contratos de direitos de transmissão e marketing de campeonatos de futebol, o dinheiro era pago por empresas de marketing esportivo.
O ex-dirigente terá o tamanho de sua pena definido pela juíza Pamela Chen, que não tem prazo para publicar a sentença. Ele vai esperar a decisão em prisão domiciliar, em seu apartamento na Trump Tower, em Manhattan. A soma das penas pode chegar a 60 anos, mas é improvável que Marin sofra uma punição deste tamanho por conta de sua idade avançada. Vale destacar que ele ainda vai recorrer, já que se trata de uma decisão de primeira instância.