InícioNotíciasEconomiaDesabastecimento eleva preços dos produtos nos supermercados

Desabastecimento eleva preços dos produtos nos supermercados

Em Araraquara, valor da cesta básica registou um aumento de 7,3% na última semana de maio

A paralisação dos caminhoneiros e o bloqueio das estradas trouxeram efeitos negativos no bolso do consumidor araraquarense. De acordo com um levantamento do Núcleo de Economia do Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio), o preço médio da cesta básica chegou a R$ 546,83 na última semana do mês de maio, o que resultou em um aumento de R$ 36,40 em comparação ao valor médio das últimas quatro semanas do mês.

Segundo a pesquisa, dos 31 itens apurados semanalmente, 25 apresentaram aumentos durante o período. O reflexo mais evidente foi nos alimentos, que registraram uma alta de 8,51%, representando um total de R$33,53 a mais na conta do supermercado.

"É importante citar que um dos fatores que agravou o quadro foi a elevação do movimento de consumidores nos supermercados, que com medo da possível falta de alimentos acabou comprando mais do que o habitual", explica Délis Magalhães, economista do Sincomercio. Ela ressalta que esse fato junto da dificuldade no abastecimento gerou uma falta de estoque nos estabelecimentos, sendo que em grande parte dos supermercados visitados havia um alto número de prateleiras vazias, principalmente no setor de hortifrúti. Na maioria deles faltaram frutas, verduras, carne vermelha, frango e ovos.

Os produtos mais impactados no período foram: a batata (146,04%), o leite em pó (4,17%) e a carne de segunda (7,18%). "No caso do tubérculo, a pouca quantidade para comercialização e a enorme procura gerou uma elevação expressiva nos preços", destaca a economista.

Com o fim da greve e o retorno dos caminhoneiros as atividades a tendência, aos poucos, é que tanto a oferta de produtos quanto os preços voltem à normalidade nas próximas semanas, inclusive, com a voltadas marcas usualmente compradas pelos clientes. "Porém, a trajetória de queda nos preços, que vinha sendo observada nos últimos meses, pode ser prejudicada", conclui a economista.

 

Sair da versão mobile