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Incidência de cancro cítrico cresce 35% em SP

Aumento do cancro cítrico era esperado após fim do programa de erradicação

Levantamento divulgado pelo Fundecitrus mostra que o cancro cítrico afeta 11,71% das árvores do parque citrícola de São Paulo e Triângulo e Sudoeste Mineiro, o que corresponde a cerca de 23 milhões de árvores.

Na comparação com o ano passado, quando estimava-se que 8,68% das plantas estavam doentes, a incidência cresceu 35%. Para o pesquisador do Fundecitrus Franklin Behlau, o aumento era esperado, uma vez que o programa de erradicação da doença sofreu sucessivas mudanças nos últimos anos, que reduziram seu rigor até culminar com sua extinção, em 2017.

Além disso, a adoção em São Paulo do status fitossanitário de Área sob Sistema de Mitigação de Risco (SMR), em fevereiro do ano passado, passou a permitir a existência de plantas com sintomas nos pomares do estado. Minas Gerais, no entanto, manteve o status de Área sob Erradicação ou Supressão.

“O SMR legalizou, em momento necessário e oportuno, a ocorrência do cancro cítrico na citricultura paulista. Com o SMR, é possível produzir e comercializar com segurança frutos de mesa sadios mesmo em propriedades afetadas”, explica Behlau. “Independentemente do destino da produção, o foco agora está no emprego de um conjunto de medidas de controle, como aplicação de bactericidas cúpricos e uso de quebra-ventos, objetivando a produção de frutas sem sintomas da doença”, completa.

 

Noroeste segue como setor mais crítico

O Fundecitrus divide o parque citrícola em cinco setores – Norte, Noroeste, Centro, Sul e Sudoeste. O Noroeste é o setor mais afetado, com 39,97% das árvores com a presença da doença. Nesse setor, a região de Votuporanga é a que apresenta a maior ocorrência de cancro cítrico, com 63,14% das árvores infectadas. Os setores Sul e Sudoeste têm as menores incidências. No Sul, o menos impactado pela doença, 0,86% das árvores têm cancro cítrico. No Sudoeste, 1,42% das árvores são sintomáticas.

 

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