Com origens no Yolanda Ópice e na escola de samba do bairro, o araraquarense Cléber Aparecido Rangel, o Carrapicho, de 37 anos, foi escolhido como um dos melhores instrumentistas do Brasil em 2018 devido ao seu segundo álbum solo, "Na Estrada da Luz" — a escolha foi feita pelo jornalista Ed Félix, do site Embulhador.
No último dia 14 de fevereiro, Carrapicho Rangel participou, junto com Sandamí (ex-Sambô), da 2ª edição do Festival Brasileiragem em Genebra, na Suíça.
O talento de Carrapicho Rangel também foi destacado pelo Caderno 2 do jornal "O Estado de S.Paulo", o "Estadão". Seu novo álbum foi descrito como "uma pérola de composições vibrantes e uma execução primorosa e cheia de brilho".
Esses são os fatos mais recentes de uma carreira musical que já completa 24 anos e registra viagens por França, Marrocos, Catar, Colômbia. Em setembro, ele e Sandamí (com quem trabalha há quatro anos) também farão uma turnê pelo Chile. Já são seis álbuns gravados, sendo dois solo e outros com Ana Costa, Código Ternário e Quarteto Café.
"Fiquei muito surpreso [por aparecer na lista] e muito feliz por estar entre os grandes instrumentistas do Brasil. Entrei na lista com músicos de quem sou admirador, como Carlos Malta e Hamilton de Holanda. Estou lisonjeado de ficar entre eles", afirma Carrapicho, que toca bandolim, cavaquinho, violão e outros instrumentos de percussão.
"Só tenho a agradecer ao Ed Félix por ter ouvido esse disco, que foi lançado há cerca de três meses, e ter gostado. Foi um trabalho que fiz com muito carinho, com composições feitas nos locais onde viajei. Fiz músicas para o meu pai, para minha filha. Foram inspirações que tive", completa o músico.
História
Vindo de uma família que era ligada a uma escola de samba, Carrapicho começou a tocar instrumentos de percussão aos 7 anos de idade. Com 12 anos, ganhou um cavaquinho. Depois começou a estudar com Fabiano Marquezine, que até hoje é seu sócio em uma escola de música (já faz 16 anos).
"Aí comecei a tocar em grupos de samba, entrei para o Conservatório de Tatuí, onde fiquei de 1999 até 2005. Desde então, nunca parei de estudar. Já participei de vários festivais", conta o músico.
Para Carrapicho, levar o nome de Araraquara para o Brasil e o mundo é uma honra. "Eu me sinto muito privilegiado. É uma cidade já muito falada pelos seus artistas e pela Ferroviária, que é muito conhecida. Estou começando a levar o nome de Araraquara. Fico muito feliz de poder fazer a minha parte, levar a minha música, fazer o que eu gosto", conclui o talento araraquarense.