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Maracujá Laboratório está de volta no Teatrada

Grupo apresenta a peça “Nerina, a ovelha negra”, no Sesc

Neste domingo (28), às 11h30, a Maracujá Laboratório de Artes desembarca mais uma vez no Teatro do Sesc Araraquara, com a opereta com bonecos e atores, Nerina, a ovelha negra, baseada no livro do conhecido cartunista Michele Lacocca.Os ingressos vão de gratuitos à R$10 e podem ser adquiridos no próprio dia, a partir das 9h30, na bilheteria da unidade.

Nerina é uma ovelha que, por ter a cor diferente das outras, é expulsa do rebanho. Porém, ao encontrar com lobos que resolvem usá-la para atrair e devorar as ovelhas que a expulsaram, ela toma uma atitude que mudará a vida de todas. O espetáculo foi premiado com o ProAC de montagem infantil e Alfa Criança, além de receber 6 indicações ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2017 (1º semestre) – melhor espetáculo, direção, atriz, trilha, adaptação e sustentabilidade (pela maneira de tratar do tema racismo). A montagem também foi indicada como Melhor Espetáculo Infantil no Prêmio Aplauso Brasil 2017​ e vem sendo recomendada pelo crítico Dib Carneiro Neto (Revista Crescer e site Pecinha é a Vovozinha), Guia do Estadão, Revista da Folha e Rede Globo.

 

Sobre Maracujá Laboratório de Arte

Fundado em 2005 por Sidnei Caria, o Maracujá Laboratório de Artes vem consolidando desde então uma trajetória voltada à pesquisa em teatro para todas as idades e caracterizada por uma constante busca de seus integrantes (atores com formações e experiências diversas) por desenvolver experimentações em linguagens e técnicas variadas (teatro físico, teatro de animação, audiovisual, teatro de sombras, música, artes plásticas) com o objetivo de romper fronteiras entre as diversas linguagens artísticas, criando espetáculos que misturam diferentes referenciais estéticos ao mesmo tempo em que trazem ao público questionamentos pertinentes a realidade da criança atual.

Em 12 anos de atividades o grupo desenvolveu para público de todas as idades tanto espetáculos autorais quanto adaptações de livros ilustrados do premiado cartunista Michele Iacocca, italiano radicado no Brasil que desenvolve um trabalho consistente junto ao público infantil, e acabou tornando-se parceiro da companhia, oferecendo obras que são altamente recomendadas pela Fundação Nacional do Livro Infantil para adaptação pelo grupo, como As Aventuras de Bambolina (feita em coprodução com a Pia Fraus, em 2008) e Rabisco – um cachorro perfeito (2010), que resultaram em espetáculos muito premiado e valorizados pelo público e a crítica, tendo sido contemplados com prêmios como FEMSA, Myriam Muniz, Zé Renato, Alfa Criança; participantes de editais do SESI, CAIXA Cultural, SESC, ProAC (da Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo), e de inúmeros festivais e mostras de artes cênicas pelo Brasi

Em 2016, depois de seis anos trabalhando apenas com obras autorais (O Buraco do Muro – 2013, E.Terra – 2014 e o adulto SPon Spoff Spend), pela terceira vez o Maracujá Laboratório de Artes resolveu se debruçar sobre uma obra sem palavras de Michele, fechando uma trilogia de personagens protagonistas que questionam o que é ser diferente em uma sociedade que cria padrões a serem seguidos, e que buscam a compreensão de sua diferença não como problema, mas sim como sua essência. Nerina é uma ovelha negra, e por isso é expulsa de um rebanho de ovelhas brancas, que acreditam que esta diferença as impossibilite de conviverem juntas, sem se darem conta de que Nerina também é uma ovelha, como elas. Sozinha, a ovelhinha negra encontra com lobos famintos que, ao invés de devorá-la, utilizam o sentimento de raiva e rejeição de Nerina para fazer com que ela se vingue das colegas branquinhas provocando um estouro do rebanho que levará todas direto para suas garras. Mas Nerina prova que o ódio nunca é o melhor caminho, tomando uma atitude que salvará todas. O espetáculo retoma o trabalho com puppet toys, vídeo-cenário e teatro físico, mas desta vez, o grupo escolheu se aprofundar na pesquisa musical, que já vinha sendo desenvolvida em trabalhos anteriores.

Em Nerina, o elenco do Maracujá se reveza em atuar, tocar, cantar e manipular câmeras, bonecos e equipamentos eletrônicos para edição de imagens durante as apresentações. Todas as músicas foram compostas pelo próprio autor do livro, Michele Iacocca, e pelo diretor do espetáculo e também do Maracujá Laboratório de Artes, Sidnei Caria. Para os arranjos, foi chamada a conhecida diretora musical Fernanda Maia, que propôs brincar com as diferenças culturais trazidas pelas culturas negra e caucasiana, e seus desdobramentos, propondo referências europeias e africanas como o samba, o choro, o reggae, a música clássica, que acabam culminando em misturas sonoras que revelam musicalmente nossa miscigenação cultural. São reconhecíveis clássicos da música erudita, como a valsa Danúbio Azul, de Strauss, a Nona Sinfonia de Beethoven, a Aleluia de Hendel, entre outras, em arranjos para violão. Outros instrumentos também são tocados ao vivo (como teclado, trombone de vara, caxixi, agogô de côco, tamborim, pandeiro) pelo próprio elenco. Nerina traz músicas com letras que ampliam o olhar do público sobre o que está acontecendo em cena, questionando e revelando sentimentos e motivações das personagens relacionados ao preconceito, padronização, aceitação de si mesmo… Questões que o grupo considera extremamente relevantes no momento atual, em que diversas ações de exclusão e intolerância chegam a nosso conhecimento todos os dias. Divergências de raça, credo, visões políticas, sociais, de nacionalidade, sexuais e de gênero vêm, a cada dia, sendo resolvidas de forma cada vez mais violenta e excludente, em um mundo onde, com o advento da internet e outras formas de conexão, tanto se falou em globalização e união. Portanto, é necessário que se discutam formas de: levar à criança, ainda em formação, ideias mais amplas sobre aceitação do outro e de si mesmo, e de fazer com que os adultos, seus formadores, possam ter visões menos preconceituosas. A possibilidade de contribuir neste processo e a urgência no trato destas questões foram os grandes motivadores na adaptação de Nerina para o teatro, um estudo que vem sendo feito desde 2012 e que finalmente tomou forma em 2016.      

Contemplado com o ProAC 08/2016, que possibilitou sua montagem, Nerina – a ovelha negra alcançou excelente repercussão na mídia paulistana, com 5 estrelas na Folha de São Paulo, 4 estrelas na Veja SP, recomendada pelo crítico Dib Carneiro Neto (da Revista Crescer e site Pecinha é a Vovozinha), Guia do Estadão, Revista da Folha e Rede Globo, além de receber 6 pré-indicações ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2017 (1º semestre) – melhor espetáculo, direção, atriz, trilha, adaptação e sustentabilidade (pela maneira como trata o tema do racismo) e a indicação de Melhor Espetáculo Infantil no Prêmio Aplauso Brasil 2017.

Serviço

Espetáculo Nerina, a Ovelha Negra

Dia: 28/4, domingo

Horário: 11h30

Local: Teatro

Classificação: Livre

 

Ingressos

Retirada de ingressos a partir das 9h30 do dia do espetáculo

R$ Grátis (Credencial Plena e Crianças até 12 anos);

R$ 5,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante);

R$ 10,00 (Inteira / Credencial Atividades).

 

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