Um dos destaques da Ferroviária na conquista do título Brasileiro na tarde deste domingo (29), a goleira Luciana recordou uma trajetória de superação até confirmar o título. A atleta, que além das defesas no tempo normal, parou a cobrança de pênalti de Tamires, fez questão de dividir os méritos com as companheiras de equipe.
“Fico muito feliz por ter ajudado a minha equipe e principalmente por ter saído com o título. Mas agradeço também à comissão e às meninas, porque sem elas eu não poderia chegar aqui”, disse Luciana. A goleira destacou que, apesar de estudar as cobranças de penalidades das adversárias, confiou no instinto para a defesa decisiva.
“Nosso analista de desempenho sempre me dá os toques, me mostra as batidas, mas não é sempre que vou na dele. Sempre tem os macetes de goleiro, a gente sabe. Dessa vez eu confiei na minha e todo mundo me deixou super à vontade e consegui pegar esse pênalti”, contou.
Caminho de superação
O duelo valendo título do Campeonato Brasileiro foi o quarto confronto seguido entre Ferroviária e Corinthians, já que dois deles foram válidos pela semifinal do Campeonato Paulista Feminino. Na disputa do estadual, a equipe de Araraquara acabou superada por duas goleadas, a primeira por 4 a 0 e a segunda por 5 a 1. Segundo Luciana, a equipe sentiu o peso das derrotas, mas usou o aprendizado para se reerguer.
“Depois daquele jogo, a gente se fechou no vestiário, a gente sabia que hoje era o nosso último jogo e precisávamos entrar muito concentradas. A equipe do Corinthians é muito qualificada, é difícil fazer gol nelas, mas a gente sabia que teria chance de ganhar aqui, seja nos pênaltis ou no tempo normal. Treinamos na sexta, no sábado, e nos preparamos para um jogo difícil, em que nada nem ninguém pudesse tirar o nosso foco”, disse.
É exatamente o espírito de luta que Luciana afirma ser o principal trunfo da Ferroviária ao longo de toda a campanha na competição e conquista do título. “A gente é guerreira, não desistimos nunca. Nosso lema é guerreiras grená, e é verdade, a gente não desiste nunca. Buscamos uma virada contra o Santos, que pensaram que a gente não ia se recuperar. Contra o Kindermann também saímos perdendo e conseguimos buscar nos pênaltis também, e agora contra o Corinthians… Enquanto o juiz não apitar e tiver um milímetro para acreditar, a gente vai até o final”, finalizou.