Pessoas interessadas em parar de fumar em Araraquara podem procurar pela Secretaria Municipal de Saúde, que oferece o Programa Municipal de Combate ao Tabagismo.
Para participar, basta ao interessado procurar primeiro pela unidade de saúde mais próxima do bairro em que reside, preencher um questionário sobre seus hábitos e o vicio de fumar e aguardar para ser encaminhado ao programa.
Composto por uma equipe multidisciplinar, o tratamento é oferecido às segundas-feiras, na própria Secretaria de Saúde, na Rua Expedicionários do Brasil, com turmas de vinte pessoas cada, visando beneficiar quem trabalha durante o dia.
Com o mesmo número de participantes, a proposta também é oferecida às terças-feiras na Casa do Médico, no Centro da cidade, e às quartas na entidade Adra (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais), no Jardim Maria Luiza, ambos no período da tarde.
A gerente de Educação Permanente da Saúde e coordenadora do Programa Municipal de Combate ao Tabagismo, Poliana Aliane, afirma que mais de 60% das pessoas que passam pelo tratamento acabam deixando o vício.
Composto por um médico, um profissional de saúde mental, psicólogo, terapêuta ocupacional, dentista e enfermeiro, o programa é ministrado durante seis semanas para cada turma, oferecendo uma sessão semanal com duração de três horas cada.
Além de receber medicação, quem tenta largar o vício tem acompanhamento profissional na fase do tratamento, já que o apoio do grupo e da equipe multidisciplinar é fundamental para tal objetivo. Segundo Poliana, até mesmo quem não consegue se adaptar ao medicamento, pode conseguir parar de fumar.
Se for o caso, passado o período do tratamento pelo programa, algumas pessoas ainda podem passa por algumas sessões extras, até obter alta. Poliana Aliane acrescentou que existem casos de pacientes que conseguem alta com apenas dois meses de tratamento.
Dependência
Ainda de acordo com gerente de Educação Permanente da Saúde, muitas pessoas têm dificuldades em parar de fumar porque o vicio provoca "algumas gratificações psicológicas", com associações em comportamento público, além da dependência física.
"Algumas experiências nos mostram que muitas pessoas conseguem superar a fase de abstinência do tabaco com o suporte do grupo, ou com a própria medicação", afirmou.
Também já existiram casos em que as vinte pessoas de um mesmo grupo conseguiram parar de fumar juntas. Em outros casos, é sugerida uma parada gradual do fumante, antes do corte total.
Um levantamento dos últimos quatro meses do funcionamento do programa na cidade apontou que 63% das pessoas que passaram pelo programa conseguiram largar o cigarro.