Um agente educacional, de 54 anos, registrou um Boletim de Ocorrência nesta terça-feira (12), no Plantão da Polícia Civil de Araraquara, se dizendo “ofendido e abalado” após ser apontado como suspeito de ter “mexido” com uma criança do C.E.R. do Cruzeiro do Sul.
A denúncia teria partido dos pais da criança, que tem 2 anos e é atendida na unidade. Os genitores entraram em contato com a direção, na manhã de ontem, dizendo que a criança relatava dor no “bumbum” e, ao ser questionada por eles, teria dito “que o tio havia mexido” com ela. O tio seria o agente educacional, que trabalha na mesma unidade.
O acusado reagiu e considerou a denúncia como absurda, uma vez que ele não teria contato direto com a criança, que pertence uma turma diferente daquela que fica sob seus cuidados. À polícia, ele disse acreditar que os pais tenham induzido o relato da criança.
Ao final do expediente, no entanto, ele foi chamado novamente pela diretora, que esclareceu que os pais voltaram a entrar em contato com a unidade e afirmado que a criança apresenta apenas assadura – e essa seria a causa da queixa de dores.
Os pais ficaram de comparecer à escola para esclarecer melhor a situação, mas o agente educacional decidiu registrar um boletim de ocorrência por se sentir “profundamente ofendido” com a denúncia e para preservar seus direitos.
Projeto de lei quer proibir homens de cuidados íntimo nas creches
Tramita na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) um projeto de lei, de autoria da deputada Janaina Paschoal, em parceria com as deputadas Leticia Aguiar e Valéria Bolsonaro, todas do PSL, que reserva às mulheres cuidados íntimos com crianças em creches e escolas em todo o Estado.
O projeto quer exclusividade a profissionais do sexo feminino em trabalhos que envolvam cuidados íntimos da educação infantil, como auxílio para utilizar o banheiro, trocas de fraldas e roupas, banho e etc.
De acordo com as deputadas autoras do projeto protocolado na Alesp e já publicado no Diário Oficial, a proposta tem como finalidade principal dar tranquilidade às famílias que deixam seus filhos em creches e escolas das redes pública e também privada de ensino.
