O artista plástico Ernesto Lia morreu na manhã desta sexta-feira (6), aos 79 anos, em Araraquara. Lia sofreu complicações devido a um procedimento cirúrgico.
O prefeito de Araraquara, Edinho Silva, classificou o artista como “um grande nome das artes plásticas, reconhecido internacionalmente e um orgulho para Araraquara”.
Em nota, o chefe do Executivo lembrou a trajetória de Ernesto Lia, que graduou-se na antiga Escola de Belas Artes de Araraquara, em 1956, e a partir daí conquistou o mundo. Foi membro da Academia Brasileira de Belas Artes, do Le Centre International D'Art Contemporain Paris e da Accademia Mondiale degli Artísti e Professionisti da Accademia Tiberiana de Roma, levando o nome de Araraquara para inúmeros países.
Em 2017, nos 200 anos de Araraquara, Ernesto Lia presentou a cidade com uma tela comemorativa do aniversário de dois séculos de história. “Nós fizemos uma homenagem ao artista plástico na abertura da Facira daquele ano, quando revelamos a tela publicamente, relembrou Edinho Silva.
“Sua clássica obra Cristo, presenteada a mim por Ernesto, está fixada em meu gabinete”, completou o prefeito, que decretou luto oficial pela morte do artista.
Reconhecido internacionalmente, o artista plástico Ernesto Lia nasceu em Araraquara. Filho do italiano José Lia e da brasileira Paschoalina de Lucca, Ernesto Lia cresceu em meio a uma família numerosa de 11 irmãos.
No ano de 1959, recebeu a Grande Medalha de Ouro da Associação dos Artistas Unidos do Brasil por seu reconhecimento dentro da arte brasileira com a tela em pastel "Gabriela Cravo e Canela".
Desde então, ganhou diversos prêmios, nomeações e outorgas em várias localidades nacionais e internacionais, incluindo a nomeação como "Membro do Grand Prieuré do Brasil e Suíça", a "Gold Great Master Medal" – Curtis Hixon Convention Center, "Grande Médaille D'or" – Exposition D'art Contemporain – Nice e "A Medalha Grande de Ouro" – 1ª Mostra de Arte Contemporânea Brasileira – Expofair – Lisboa.