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Atual legislatura concedeu 69 títulos de cidadania em Araraquara

Religiosos receberam 10 títulos honorários em três anos; Homenagem foi instituída em 1960

A concessão de diplomas e títulos é uma atribuição do Poder Legislativo em todas as instâncias. Na esfera municipal, o mais comum é atribuição de título de cidadão aos que, mesmo nascidos em outras localidades, desenvolveram um papel considerado relevante para o município, e de cidadão honorário, aos que já tem determinada naturalidade, mas são reconhecidos por sua atuação no município em que nasceram.

Na atual legislatura, empossada em 1 de janeiro de 2017, já foram distribuídos 69 títulos entre Honra ao Mérito e de Cidadão Araraquarense. Os homenageados são de vários segmentos, costumeiramente relacionados à área de atuação do vereador responsável pela indicação. No entanto, segundo levantamento feito pelo Portal Morada, os líderes religiosos estão entre os mais lembrados nas homenagens.

Nos três primeiros anos (entre 2017 e 2019), foram 10 religiosos contemplados pela Câmara de Araraquara. Foram 4 em 2017, 1 em 2018 e 5 em 2019. Mais uma homenagem já está programada para 2020. Dentre os homenageados, há sete pastores, dois padres e dois bispos (veja relação abaixo).

O vereador Lucas Grecco é o que mais concedeu a honraria a um membro de uma igreja. Ele é o autor de quatro projetos de lei que tiveram pastores como homenageados – um para cada ano de legislatura.

 

Religiosos homenageados pela atual legislatura

 

2017

Pastor Amaro Francisco de Melo (indicação do vereador Toninho do Mel)

Padre Samir Silva Sousa (indicação do vereador Rafael de Angeli)

Padre Marcelo Aparecido de Souza (indicação do vereador Elias Chediek)

Pastor Arnaldo da Silva Gonzaga ((indicação do vereador Lucas Grecco)

 

2018

Pastor Carlos Roberto dos Santos ((indicação do vereador Lucas Grecco)

 

2019

Bispo Diocesano Dom Paulo Cezar Costa ((indicação do vereador Elias Chediek)

Pastor Anasiel da Silva Pedrosa (indicação do vereador Lucas Grecco)

Pastor João Francisco Santos Cruz (indicação do vereador Toninho do Mel)

Pastor Jirehamiel de Araújo (indicação do vereador Pastor Raimundo Bezerra)

Bispo Auxiliar Dom Eduardo Malaspina (indicação do vereador José Carlos Porsani)

 

2020   

Pastor Leidir Aparecido de Souza Ribeiro (indicação do vereador Lucas Grecco)

 

Histórico

O título de Cidadão Araraquarense foi criado pela Câmara de Araraquara através da Lei Municipal nº 843, de 04/08/1960, de autoria do então vereador Célio Biller Teixeira, "para homenagear àqueles que, na esferas nacional, estadual ou municipal, por suas ação honesta realizassem empreendimentos de alto valor moral, cultural e econômico em prol da felicidade e da grandeza de Araraquara", segundo consta no texto da lei que criou a homenagem.

A primeira homenagem com o título, no entanto, ocorreu antes da formalização desta lei. Foi "considerado Cidadão Araraquarense" o Ministro Paschoal Carlos Magno, em 1958.

Além do viés religioso, outra constante é a entrega de títulos para políticos. São diversos os casos de deputados, senadores e ministros que foram indicados para receber a homenagem da Câmara Municipal de Araraquara. Em 1960, por exemplo, o vereador Célio Biller Teixeira, autor da lei que criou oficialmente a premiação, também indicou o Marechal do Exército Henrique Baptista Duffles Teixera Lott, célebre militar brasileiro que concorrer a presidência da República naquele ano, derrotado por Jânio Quadros.

O ex-governador do Estado de São Paulo, Ademar Pereira de Barros, também tornou-se Cidadão Araraquarense em 20 de abril de 1960. Segundo o texto da lei, de autoria do vereador Darcy Moralles, o título foi concedido “pelos relevantes serviços prestados ao Município de Araraquara”.

O ano de 1960, em Araraquara, foi de intensa mobilização política. Além do Marechal Lott e Ademar de Barros, João Goulart também recebeu o título por meio da indicação do vereador Álvaro Waldenar Colino. Com a renúncia de Jânio, Goulart assumiu o posto de presidente do Brasil até ser deposto com o Golpe Militar de 1964.  

Data do ano seguinte a primeira indicação de entrega do título para um líder religioso. Trata-se do Pastor Elézer Puglia, cujo projeto é de autoria do vereador José Welington Pinto, sancionado pelo prefeito Benedito de Oliveira em 25 de agosto de 1961.

 

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