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Comunidade científica de São Carlos faz apelo por isolamento social

Cientistas afirmam que abertura precoce do comércio causará “prejuízos econômicos e sociais de ainda maior monta”

Cientistas e pesquisadores de diversas universidades e órgãos sediados em São Carlos, município considerado a “capital da tecnologia”, assinaram fizeram um apelo à favor do isolamento social. O município de São Carlos decretou o fechamento do comércio não essencial até o dia 30 de abril e esse período de quarentena vem sendo alvo de protestos na cidade.

Assinaram o documento a reitora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Professora Doutora Wanda Hoffman, diretores dos diversos institutos da Universidade de São Paulo (USP), chefes da Embrapa e membros da Academia Brasileira de Ciências. No texto, eles reconhecem a gravidade da pandemia e a expansão da doença e manifestam apoio à determinação da Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde e dos governos estaduais sobre a necessidade da adoção da quarentena.

“A comunidade cientifica está ciente e consciente do impacto econômico destas medidas de restrição. Entretanto, a ampla expansão da doença decorrente e a perda de vidas que certamente virão como resultado de uma precoce abertura total do comércio e consequente mobilidade da população, causarão prejuízos econômicos e sociais de ainda maior monta, no longo prazo, do que os prejuízos decorrentes da adoção da quarentena restrita”, afirma o manifesto.

Os pesquisadores afirmam que é fundamental acatar as recomendações que têm forte embasamento científico. “A ciência e os cientistas sempre trabalharam pela cidade não apenas elevando seu nome em todos os locais do mundo, mas provendo tecnologias que alimentam as empresas e contribuem para a vitalidade econômica da cidade. Continuaremos dispostos a ser úteis para a cidade e trabalhar ainda mais intensamente, se necessário for em prol de alavancar a economia e nosso comércio”, completam.

 

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