InícioNotíciasCoronavírusAraraquara integra Conselho Municipalista para planejar retomada da economia

Araraquara integra Conselho Municipalista para planejar retomada da economia

Grupo de prefeitos terá reuniões semanais para monitoramento da situação e planejamento de futuras flexibilizações

O prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT) foi convidado pelo Governo do Estado de São Paulo para integrar um grupo de 16 prefeitos, denominado Conselho Municipalista, que será responsável por avaliar a situação da Covid-19 em cada região do estado e planejar a futura retomada dos setores econômicos afetados pela crise.

Na última sexta-feira (8), Edinho esteve no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, e participou de reunião sobre as ações de combate ao novo coronavírus com o governador João Doria (PSDB), com secretários estaduais e outros seis prefeitos (de São Paulo, Ribeirão Preto, Campinas, Santos, Sorocaba e Presidente Prudente).

Além dos municípios já citados, o Conselho Municipalista também será formado por Marília, Araçatuba, Barretos, São José do Rio Preto, Registro, São José dos Campos, Franca e Bauru.

Logo em seguida da reunião, em entrevista coletiva, o governador anunciou a prorrogação da quarentena em todo o estado até 31 de maio, com objetivo de frear a transmissão do vírus e evitar a sobrecarga no sistema de saúde.

“Fico muito feliz de Araraquara ser incluída nessa comissão que irá dialogar sobre os próximos passos que serão dados em relação ao enfrentamento ao coronavírus. É uma união de forças do Governo de São Paulo junto com os prefeitos do estado. Cada região poderá apresentar o seu plano de retomada”, afirmou Edinho.

“O que importa, neste momento, é ter os interesses da população em primeiro plano. É termos união para derrotar nosso inimigo em comum: um vírus que está ceifando vidas”, ressaltou.
 
Para o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, a criação do conselho irá contribuir para que as ações sejam tomadas levando em conta a realidade de cada região do estado.

“Vamos fazer, cada vez mais, que as ações das prefeituras e do Governo do Estado sejam agregadas e regionalizadas, superando o período mais duro que iremos enfrentar agora na área da saúde. Essa é a ampliação de um diálogo que vem acontecendo desde o início do combate ao coronavírus”, afirmou Vinholi.

Situação preocupante

Na entrevista coletiva, o Governo do Estado apresentou quais são as condições consideradas necessárias para a flexibilização regional da quarentena: isolamento social acima de 55%, redução sustentada de novos casos da doença por 14 dias consecutivos e a ocupação abaixo de 60% nos leitos de UTI exclusivos de Covid-19.

O governador demonstrou preocupação com os números apresentados pelo estado nas últimas semanas. Segundo Doria, em abril, os casos de Covid-19 cresceram 3.300% no interior de São Paulo e 770% na capital e região metropolitana. Além disso, 90% dos leitos de UTI da Grande São Paulo e 70% do interior já estão ocupados.

Caso o isolamento social aumente e chegue a 55%, as projeções indicam que o estado terá entre 9 mil e 11 mil mortos pela doença (atualmente, são cerca de 3.400 vítimas fatais). Com baixo isolamento, seriam mais mortes ainda.

O Centro de Contingência do Coronavírus estadual aponta que a quarentena evitou mais de 40 mil mortes desde o dia 24 de março em todo o estado. "A quarentena está salvando vidas. Retomaremos a economia na hora certa, no momento adequado, respeitando a ciência. Vai passar. Mas, para passar, temos que ficar em casa", afirmou Doria.

Situação da Covid-19 em Araraquara

Segundo o boletim do Comitê de Contingência do Coronavírus divulgado neste domingo (8), Araraquara possui 120 casos confirmados da Covid-19, com quatro mortes causadas pela doença, e outras 36 pessoas aguardam resultados de exames.

Os grupos de risco da Covid-19 são idosos (acima de 60 anos), pessoas com doenças autoimunes, imunossuprimidos, gestantes, lactantes e pessoas com doenças crônicas. Entre os sintomas do novo coronavírus estão febre alta e persistente, tosse, cansaço e falta de ar.

Para a redução da transmissão da doença, é recomendada a higienização frequente das mãos (com água e sabão ou álcool gel), o uso de máscaras protetivas e o isolamento social, evitando aglomerações.

 

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