Na sexta-feira (05), a base das Guerreiras Grenás (sub-14, sub-15 e sub-17) e comissão técnica participaram de uma videoconferência com a técnica da Seleção Brasileira feminina de futebol sub-17, Simone Jatobá. Além de Simone, participou também a auxiliar técnica Lindsay Camila. O bate papo durou cerca de duas horas.
Simone Jatobá falou que um dos objetivos da Seleção Brasileira é se aproximar cada vez mais dos clubes. “Estar mais perto dos treinadores e sempre em contato com os preparadores físicos, médicos, cada um na sua área entrando em contato com os clubes. Pós convocação queremos fazer relatório, sobre a parte física e também a parte técnica, e enviar para o clube. Temos que passar esse relatório para que a atleta volte ao clube e o clube saiba o que aconteceu. Então estamos elaborando isso para que vocês (clubes) possam saber o que está acontecendo na seleção e nós podemos saber o que está acontecendo com vocês”, comentou.
Lindsay Camila pontuou sobre a oportunidade que as atletas estão tendo. “Vocês estão tendo uma oportunidade que muitas gerações não tiveram: de ter treino, aprender fundamentos, treino físico. Nós não tivemos isso, e chegamos a bons resultados. Na parte física e técnica é excelente. E na monetária também”, falou. Ela também comentou sobre os aspectos que analisa nas atletas para a convocação. “Quando vamos assistir treino ou ver jogo, tentamos ver o global. Vemos parte tática, técnica, todos esses lados. Mas cobramos muito o comprometimento, o respeito. São valores que um atleta de alto nível precisa trazer junto dele”, disse.
Simone complementou falando sobre o que chama a atenção em uma atleta. “O que chama a atenção é aquela atleta viva, que você percebe que ela está dento de campo, mas não apenas olhando o jogo ou treinamento. Aquela atleta participativa, que está concentrada, que não espera a ação acontecer, ela adianta a ação e já está preparada para o que vai acontecer. Ela não é perfeita, tem seus defeitos, mas a partir do momento que ela pode ser acionada, ela já está preparada. Aquela atleta que não fica reclamando das outras apenas negativamente. Aquela atleta que está disposta a abraçar o que a comissão pretende. Não precisamos ficar chamando a atenção para que ela entre no jogo. Uma atleta viva, atenta, concentrada”, pontuou.
As atletas da Ferroviária participaram com várias perguntas, o que foi exaltado pela Simone. “A comunicação é um bom sinal e essencial”.
O técnico da base das Guerreiras Grenás, Anderson Clayton, falou da alegria em ter esse diálogo com a comissão da Seleção. “Nunca um treinador da Seleção havia me procurado para saber de jogadoras ou ver jogos e treinos. Vocês (Simone e Lindsay) são as primeiras que estão passando por isso na base. É uma evolução. Estou muito feliz”, afirmou.
A coordenadora de futebol feminino da Ferroviária, Carolina Melo, disse que as atletas estão comprometidas e empenhadas e que o clube tenta oferecer a mesma atenção para a base que tem o profissional. “Assim como aconteceu com a videoconferência com a Pia, o convite para a Simone e Lindsay foi uma iniciativa da Ferroviária. Foi muito produtivo esse bate papo e me chamou a atenção a participação das atletas, que participaram ativamente fazendo várias perguntas interessantes. Elas estão seguindo a cartilha de treinamentos em casa que a comissão orientou e seguem comprometidas. E é bom ressaltar que estamos dando a mesma atenção para a base que damos para o profissional, tentamos proporcionar a mesma experiência para termos uma metodologia de trabalho muito próxima. Esse respaldo para a base é muito importante, além das atividades físicas, as atividades de engajamento. E é essencial essa aproximação de Seleção Brasileira e clubes, positivo para os dois lados”, comentou.
