Desde o início do mês de setembro, incêndios de grandes proporções atingem canaviais e matas na região de Araraquara. O resultado é um enorme prejuízo ambiental, mas também econômico, que já, além dos canaviais, áreas destinadas à produção agrícola também foram atingidas nos últimos dias.
Nesta quinta-feira (17), lotes do assentamento Bela Vista, um dos mais tradicionais do município de Araraquara, foram atingidos pelo fogo. As chamas se espalharam rapidamente e atingiram a produção de verdura, legumes e frutas. Os produtos são comercializadas pelos pequenos produtores e é a fonte de renda de dezenas de famílias que vivem no local.
Imagens mostram os danos e a tentativa das famílias para controlar as chamas antes da chegada do Corpo de Bombeiros. Até crianças se mobilizaram para conter o avanço do fogo (veja abaixo). Segundo a Prefeitura de Araraquara, a Guarda Civil também auxiliou os moradores do local e, nesta sexta-feira (18), equipes de diversas secretarias estiveram no assentamento para avaliar as condições das famílias e encaminhar auxílio. O INCRA, órgão do Governo Federal responsável pelos programas de reforma agrária, também será acionado.
Mais incêndios
A situação se repetiu em uma área de pequenas propriedades rurais na divisa dos municípios de Américo Brasiliense e Santa Lúcia. Segundo Karen Roberta Christovam, que mora no local, o incêndio de grandes proporções se alastrou rapidamente e atingiu, inclusive, uma residência. “Quando abri a janela, (vi) fogo em tudo, ao redor da casa… Acordei meus pais e corremos pro vizinho pra tentar salvar os cachorros dele”, relata. Ela afirma também que acionou o 190 da Polícia Militar e o 193 do Corpo de Bombeiros, que mobilizou três caminhões para o combate às chamas. Com demora para o contato e a chegada das equipes, o fogo já havia se espalhado.
“Foi cena de filme. Fogo com altura de 5 metros. Muitos animais estão nas estradas carbonizadas… foi uma bioperda inestimável, muitas áreas de preservação, árvores que estavam ali antes mesmo de alguém pensar em morar por lá”, lamenta a moradora.
