InícioEsporteTítulo das Guerreiras reforça hegemonia paulista

Título das Guerreiras reforça hegemonia paulista

Ana Lorena, coordenadora de Futebol Feminino da FPF, valoriza o ano do futebol paulista e protagonismo das mulheres

Com o término da temporada 2020 e com o título da Taça Libertadores conquistado pela Ferroviária, o futebol paulista mais uma vez comemora uma ótima temporada em relação aos títulos. Se as afeanas dominaram a América, o Corinthians levantou o troféu do Brasileirão. E, além das conquistas, o futebol de São Paulo colocou cinco clubes entre os oito melhores do último nacional, destacando a hegemonia local.

“O balanço da temporada é muito positivo e mostra a importância de ter o campeonato mais longevo do país. A organização do futebol paulista durante um longo prazo permite que os clubes disputem as competições em alto nível. Só reforça a importância da organização e como o Paulista forte vai ajudar os clubes pensando em nível nacional e internacional”, analisou Ana Lorena, Coordenadora de Futebol Feminino da FPF.

Com o título da Ferroviária na Libertadores, o futebol paulista chegou ao seu nono troféu. O São José EC lidera a lista com três títulos (2011, 2013 e 2014), o Santos aparece logo na sequência com o bicampeonato de 2009 e 2010. A time de Araraquara também soma dois troféus -2015 e 2020. O Corinthians é outro a somar dois títulos, já que foi campeão em 2017, quando ainda tinha parceria com o Audax, e em 2019.

“Acredito que o principal fator é ter um campeonato que acontece todos os anos, pois você consegue apresentar um calendário para esses clubes. As atletas têm mais minutagem de jogos e isso faz com que cheguem mais bem preparadas contra equipes de outros Estados. A categoria de base também é fundamental. Quando estava no clube, era importante saber que a atleta estaria estruturada para chegar muito mais forte ao profissional e assim é possível preparar projetos a longo prazo. Isso é um incentivo da FPF e pretendemos aumentar cada vez mais as categorias de base e promover mais competições profissionais”, reforçou Ana Lorena.

 

Futuro e representatividade

Ana Lorena também abordou a questão de calendário para a atual temporada. “O ano de 2021 será tão difícil como foi o de 2020. Ainda estamos em pandemia, temos muitas dificuldades de protocolos, financeiras e de calendário, que acaba sendo mais curto. Esse ano será de sobrevivência, para mostrar que o campeonato vai continuar e para que, na próxima temporada, possamos voltar cada vez mais fortes”, explicou.

Na conquista da Libertadores da América, a técnica Lindsay Camila marcou história ao se tornar a primeira técnica mulher a realizar tal feito. Antes dela, Tatiele, também com a Ferroviária, já havia sido a primeira campeã nacional como treinadora.

“É importantíssimo ter figuras como a Lindsay, como a Tati e ter gestoras, preparadoras de goleiras e físicas. Podemos citar várias que já estão conquistando esse espaço. Mas ainda precisamos mais e elas mostram que é possível, que nós (mulheres) só precisamos de oportunidades. Somos capacitadas para diversos setores do futebol e só precisamos de oportunidades. E uma das propostas da FPF é cada vez mais oportunizar para esse aumento do número de mulheres em todos os cargos”, finalizou.

Redação

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