InícioNotíciasVereador provoca repúdio ao falar em “professor maconheiro” durante sessão  

Vereador provoca repúdio ao falar em “professor maconheiro” durante sessão  

Carlão do Joia (Patriota) afirmou que não houve golpe militar no Brasil e generalizou crítica contra os professores de História

“Pra deixar claro para o pessoal que não viveu a história ou só ouviu da boca daquele professor maconheiro de História, em 31 de março não comemoramos um golpe , nós comemoramos um contragolpe. O comunismo estava sendo instalado no país e os militares respondiam a um chamado da população brasileira e interviu (SIC) para que o comunismo não fosse instalado aqui”. Foram essas as palavras ditas pelo vereador Carlão do Joia (Patriota) durante a sessão ordinária realizada na última terça-feira (8), na Câmara Municipal de Araraquara.

O discurso foi feito durante o Pequeno Expediente, espaço de uso livre e individual antes da discussão da ordem do dia, e provocou reações de colegas, partidos e entidades.

A primeira e mais contundente reação partiu da APEOESP, subsede de Araraquara. Por meio de nota assinada por Maria Izabel Noronha, presidente da entidade, o sindicato afirmou que “não poderia deixar de expressar seu mais profundo repúdio e nossa repulsa pelas palavras proferidas pelo vereador Carlão do Joia”. A fala do vereador foi classificada como “abjeta em defesa do golpe militar de 1964 e da ditadura militar”. Ao chamar professores de História de maconheiros “esse vereador revela, assim, seu desprezo pela democracia e pela educação, fazendo o elogio do autoritarismo e da ignorância”, diz a nota.

Houve também reação dentro do Poder Legislativo. O MDB – Movimento Democrática Brasileiro – também publicou nota e considerou que “tal ataque, sem escrúpulos, atinge toda uma categoria abnegada e dedicada”. Edson Hel e o partido Cidadania também repudiaram a fala do vereador. “É um completo desrespeito para com os mestres que nos guiam por um caminho melhor na vida, àqueles que já sofrem com a falta de reconhecimento financeiro por parte do Estado, e que ainda assim, continuam sua luta diária por uma país melhor”, declarou.

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