InícioEntretenimentoMárcia: O amor de mãe supera todas as provas

Márcia: O amor de mãe supera todas as provas

Grávida aos 39 anos, a mãe soube que teria uma bebê com síndrome de Down e foi deixada pelo marido

Márcia tinha 18 anos quando teve seu primeiro filho. Com o bebê nos braços, foi morar com o namorado. O relacionamento durou três anos.

Separada, Márcia decidiu criar o filho sozinha e encarar os desafios de ser mãe solteira. Venceu, vendo o filho se tornar um homem.

Aos 39 anos, Márcia conheceu um homem, caminhoneiro, de 36 anos. Logo engravidou. O teste, positivo, foi feito no Natal de 2015. “Sou muito velha para ser mãe de novo!”, pensava Márcia, em meio às lagrimas.
Outra preocupação era contar ao filho, que tinha 27 anos, e ao pai da criança.

O filho de Márcia ficou feliz ao saber da gravidez, reação que talvez ela nem esperasse. Mas o companheiro, o pai da criança que estava a caminho, reagiu mal. Nele, Márcia viu arrependimento e raiva, não era o que ele queria. O mundo dela caiu. Não havia companheirismo.

Márcia respirou fundo e foi a luta. Cerca de 1 mês depois, ela foi surpreendida pelo retorno do companheiro. “Vamos fazer uma vida juntos”, disse ele. Mudaram de casa, foram morar juntos. Ela estava feliz.

A felicidade foi breve. O caminhoneiro estava sempre na estrada e parecia não fazer questão de estar ao lado de Márcia, que gerava um filho dele.

Num ultrassom de rotina, o médico diz a Márcia que o bebê poderia ter Síndrome de Down. A mãe experiente se viu num mundo novo.

A bebê Lorena nasceu em agosto de 2016. O pai chegou a ir para o hospital, mas foi embora antes que ela nascesse. Deixou Márcia sozinha, alegando que não estava preparado para ter uma filha com “limitações”.

Tão pequena e tão frágil, Lorena teve que ir para o centro cirúrgico: teria que fazer uma operação arriscada no intestino. A bebê tinha poucas chances e sobreviveu. Foi para a UTI.

Morando em Boa Esperança do Sul, Márcia, ainda com os pontos da cesária, enfrentou idas e vindas de ônibus e chuva. Foram 17 dias sem dormir, orando para Deus. Tão grande era o amor que o peito de Márcia doía.

A angústia chegou ao fim quando Lorena teve alta. A felicidade tomou o lugar das dores.

Hoje, Márcia e seus dois filhos moram juntos. Lorena em breve completará 5 anos. “Provei para o mundo que o amor vence tudo. Somos muito felizes”, diz a mãe guerreira.

De segunda a sexta, uma história por dia na programação da Rádio Cultura durante o mês das mães. Saiba mais sobre a história da Márcia no nosso programete especial: https://bit.ly/3vZbmrB

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