Esta semana começa em Bonn, na Alemanha, uma nova rodada sobre o Clima Global. Será a primeira reunião sem a presença dos EUA, após o presidente americano ter ordenado a saída do país, com o argumento que o país sairia perdendo.
Para completar essa reunião, na semana passada foi divulgado o índice de emissões de CO2 no planeta, e os dados são alarmantes. Eles não são dados de ONGs, mas de instituições oficiais dos EUA, Canadá e outros países.
Segundo o documento, em 2016, a emissão de CO2 bateu todos os recordes desde o início da medição desse gás. Desde a época pré-industrial, a emissão de CO2 teve um aumento de mais de 145%. No ano de 2016 a concentração de CO2 atingiu 403, 3 partes por milhão.
É o maior índice de todos os tempos e isso reflete nas mudanças climáticas globais, tendo em vista que esse gás provoca alterações significativas na atmosfera do planeta e nas condições do clima.
Nos últimos anos tem se percebido mudanças significativas no clima, seja para os dois extremos (calor extremo ou frio extremo). Segundo os especialistas da área, há uma tendência a piorar. Na TV vemos semanalmente uma série de problemas cada vez mais graves.
Secas em diversas regiões do globo causando incêndios e perdas de plantações, as inundações por causa de tornados, tufões e furações em regiões que antes não ocorriam (os especialistas dizem que as águas dos mares estão mais aquecidas, o que potencializa as tempestades).
Poderíamos listar uma série grande de problemas, mas o que queremos chamar a atenção é que a questão deixou de ser política (como quer o Trump) para ser uma questão planetária.
A nova reunião sem a presença dos EUA vai exigir um novo re-arranjo das forças dos países e mudanças de atitudes, para ampliar as ações para se reduzir as emissões. Se observarmos, desde o início da industrialização, uma série de eventos e ações humanas tem potencializado a emissão dos gases.
Temos o aumento acentuado das populações e a maioria nas áreas urbanas, o que necessita de uma maior produção de alimentos, que exigem mais uso de nutrientes na agricultura bem como defensivos agrícolas. Não podemos nos esquecer do aumento de usos dos combustíveis fósseis, que também provoca muitos danos.
Esta lista pode aumentar ainda mais se pensarmos no modelo de consumo que a maioria dos países tem, o que aumenta as necessidades de produção e descartes, muitas vezes de forma errada.
Precisamos acompanhar e ficar atentos quanto aos resultados dessa reunião na Alemanha e verificar quem serão os novos protagonistas. Em um próximo artigo irei falar sobre um novo ator, que vem dominando as questões climáticas, tanto nos aspectos ambientais, como principalmente no econômico, a China.
Precisamos ficar atentos, pois os resultados na reunião podem afetar a todos.