Somente nos 28 dias de fevereiro, as equipes de combate à dengue recolheram 21 toneladas (21.000 kg) de materiais inservíveis nas residências visitadas em Araraquara. São objetos e outros resíduos que não estavam sendo utilizados pelo morador e foram retirados com autorização do proprietário da casa.
"Durante todo o período da pandemia, a gente não deixou de trabalhar no combate à dengue. Os agentes continuaram atuando. Tivemos grandes dificuldades nas visitas devido à recusa das pessoas, mas não deixamos de fazer as ações educativas e campanhas. Sabemos que agora é um momento propício, com calor e chuva. A gente espera que as pessoas voltem a olhar para seus quintais, para os focos que podem estar dentro das próprias casas, para que a gente faça a remoção desses focos residenciais. O grande quantitativo está dentro das casas, por mais difícil que as pessoas possam achar, pela capacidade que o mosquito tem de se procriar em diversos locais", explica a secretária de Saúde, Eliana Honain.
Segundo Eliana, a Prefeitura irá intensificar os 'arrastões' de combate à dengue e também fará a aspersão de um larvicida, reconhecido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), nos pontos estratégicos com maior transmissão da doença.
A Vigilância Epidemiológica pede para que os moradores permitam a entrada dos agentes de saúde para o trabalho de fiscalização e orientação. Segundo informações, 80% dos criadouros do mosquito da dengue estão em casas habitadas.
30 mil visitas por mês
Em média, os agentes da Vigilância Epidemiológica e os agentes comunitários de saúde (do Programa de Saúde da Família) visitam 30 mil casas por mês. Em metade delas (15 mil), os agentes conseguem realizar a visita. Na outra metade, o trabalho não é concluído por falta de autorização para a entrada. As equipes inclusive fazem horário estendido (noturno) e plantões aos sábados.