Em 15 de janeiro do ano passado, a Beneficência Portuguesa encerrava as atividades em Araraquara. Um ano depois do fechamento do hospital, um grupo de pessoas mantém a esperança de vê-lo reaberto e atendendo pacientes do SUS.
O grupo reuniu-se no início da semana para debater a situação do hospital. O imóvel chegou a ser colocado em leilão, mas o certame foi suspenso pela Justiça. Um possível comprador se apresentou e pediu até o dia 10 de fevereiro para estudar uma proposta.
Antes que o martelo seja batido, o grupo pretende novamente se reunir, dessa vez na Câmara Municipal. Uma audiência pública está marcada para o dia 3 de fevereiro, às 19 horas.
A audiência foi definida em reunião que reuniu diversas entidades e movimentos, com a participação do Sindsaúde, Conselho da Beneficência, Sinsprev, Afuse, representantes do PSOL, PSTU, esquerda marxista e estudantes.
Segundo o vereador Édio Lopes (PT), além de buscar debater a questão dos passivos trabalhistas dos ex-funcionários, o encontro busca um envolvimento amplo e uma união de forças para discutir publicamente a destinação do prédio do hospital, uma referência arquitetônica protegida pelo Plano Diretor de Araraquara, bem como de seus equipamentos, aparelhos e mobília. “Precisamos juntar as autoridades e um grande grupo de pessoas e movimentos sociais interessados em lutar pelo patrimônio. O direito dos trabalhadores tem que ser preservado, porém, precisamos encontrar também uma solução que não seja vender o prédio”, conclama.

