As escolas da rede estadual de São Paulo já estão autorizadas pelo Governo a retomar as atividades presenciais para recuperação e acolhimento, de forma gradual, respeitando os protocolos de segurança.
No total, 128 municípios decidiram pela retomada a partir desta terça-feira (8). Entretanto, ela não é obrigatória e deve ocorrer mediante a escuta da comunidade. Os municípios também têm autonomia de interferir no calendário, embasados por dados epidemiológicos de suas regiões. Em Araraquara, o Comitê de Contingência deliberou pela não retomada das atividades presenciais. Nesta quarta-feira (9), será realizada videoconferência com prefeitos da região para que seja tomada uma posição sobre o assunto no âmbito regional.
"Nesta volta opcional, nosso foco e cuidado maior são com os alunos que mais precisam. Nosso olhar está muito voltado para o aspecto socioemocional. É absolutamente primordial cuidarmos também dos nossos servidores e professores. A rede deve estar voltada a cumprir todos os protocolos de saúde e de segurança. E isto é um dever de todos nós: equipes gestoras, escola e família. Desta forma, com serenidade, conseguiremos ter a segurança necessária para reabrirmos gradativamente as nossas escolas", afirmou o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares.
Regras para o retorno
Para retomarem as atividades presenciais, as unidades escolares precisam estar localizadas em áreas classificadas por pelo menos 28 dias consecutivos na fase amarela do Plano São Paulo.
As escolas estaduais que retornarem poderão receber, no máximo, 20% dos alunos por dia, independente da etapa do ensino. Já as redes municipais e privadas devem seguir o decreto do governo do estado que prevê o limite de 35% para educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, e 20% para anos finais do ensino fundamental e ensino médio.
A oferta de atividades deve ser planejada com a comunidade. Dentre as possibilidades estão: atividades de reforço e recuperação da aprendizagem; acolhimento emocional; orientação de estudos e tutoria pedagógica; plantão de dúvidas; avaliação diagnóstica e formativa; atividades esportivas e culturais. Prevê-se, ainda, a possibilidade da utilização da infraestrutura de tecnologia da informação da escola para estudo e acompanhamento das atividades escolares não presenciais para os alunos que não conseguem o fazer de suas casas.
Os estudantes que compõem o grupo de riscos devem permanecer em casa fazendo as atividades remotas. Também é recomendável que os profissionais que estejam neste grupo não retornem ao trabalho presencialmente