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“Briga” de Chiquinho volta a circular após morte de prefeito

Assassinato à tiros no dia 26 de dezembro, prefeito de Ribeirão Bonito colecionava desafetos - ouça o áudio

No último dia 26 de dezembro, Chiquinho Campaner, prefeito de Ribeirão Bonito, foi assassinato à tiros em uma estrada rural. Chiquinho foi atingido por quatro disparos. Outros dois ocupantes do veículo da prefeitura dirigido pelo prefeito também foram atingidos. Eles foram socorridos, mas já receberam alta.

Desde então, a Polícia Civil investiga o caso. As evidências do crime apontam para uma emboscada. O atirador – preciso na ação – esperou o veículo numa curva que praticamente obrigava o tráfego em baixa velocidade. Além disso, o autor dos disparos sabia que o prefeito cumpria compromisso naquele endereço, mesmo sendo um dia sem expediente oficial na Prefeitura.

 

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Com a morte de Chiquinho, assessores mais próximos, servidores da Prefeitura e amigos do prefeito começaram a recuperar possíveis desavenças do chefe do Executivo que poderiam culminar em ameaças. Por causa disso, voltou a circular pelas redes sociais um áudio de um desentendimento entre Campaner e uma pessoa ligada ao transporte escolar no município de Ribeirão Bonito.

Na conversa, os dois trocam ofensas e tratam-se mutuamente como “sem vergonha”. Logo no início da conversa, o interlocutor diz que não procuraria o prefeito no gabinete, mas que poderia encontrá-lo. “Você não fica cantando de galo só porque é prefeito. Você tem palavra ativa dentro da prefeitura, mas na rua você é homem igualmente a mim”, disse. Chiquinho rebateu a provocação e desferiu novas ofensas ao prestador de serviço. "Rapaz, pensei que você só era tonto, mas você é burro também. Transporte escolar é feito por licitação", disse Campaner. 

O Portal Morada apurou que a discussão aconteceu em 2018 – praticamente um ano antes do assassinato do prefeito. Por isso, é prematuro fazer ligações entre o desentendimento e o crime.

Em Ribeirão Bonito, muitas pessoas elogiam a conduta do prefeito à frente do Executivo, mas até os correligionários de Chiquinho reconhecem que ele era “pavio curto”. Sua espontaneidade foi, muitas vezes, confundida com falta de paciência. “Ele era muito transparente e não mandava recados. Há quem considere isso uma virtude, mas isso também provocou alguns desentendimentos e outros desafetos”, relembra uma pessoa que conhecia a atuação empresarial e política de Campaner.    

“Briga” de Chiquinho volta a circular após morte de prefeito

 

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