O Centro de Referência da Mulher de Araraquara atende, por mês, cerca de 180 mulheres vítimas de violência doméstica. O órgão também acompanha hoje, mensalmente, cerca de 20 mulheres que estão sob medidas protetivas; aquelas em que, por decisão judicial, seus parceiros não podem se aproximar.
Na segunda-feira (25), Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, a coordenadora municipal de Políticas Públicas para Mulheres, Rita de Cássia Ferreira, apresentou estes e outros números sobre o problema.
Segundo Rita, o próprio lar é onde a mulher araraquarense recebe ameaças e agressões. Tanto que são registradas, em média, cinco denúncias por dia de violência doméstica. Além disso, somente neste ano, 24 mulheres passaram pela Casa Abrigo da cidade, por conta da situação de risco de morte provocada por seus parceiros.
Rita enfatizou que, além da física, existem outros tipos de violência doméstica, como a psicológica, que questiona a forma da mulher se vestir, por exemplo, ou a que provoca o seu afastamento de parentes. Ainda citou a violência moral, como os crimes de injúria; a patrimonial ou financeira, que impede a mulher de trabalhar fora de casa, e a sexual, que engloba o assédio sexual e forçar relacionamentos mais íntimos.
Outros dados sobre feminicídio apresentados pela coordenadora municipal de Políticas Públicas para Mulheres apontam que hoje, no Brasil, a cada oito horas, uma mulher é vítima de feminicídio, ou seja, é morta por ser mulher. Em Araraquara, neste ano, ocorreram três casos.
A coordenadora acrescentou que, além de acompanhar as vítimas de violência no município, o Centro de Referência da Mulher possui um plantão 24 horas, através do telefone (16) 9.9762-0697, para ampliar o atendimento.
