O corpo do professor aposentado do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), Gilberto Orivaldo Chierice, de 75 anos, foi sepultado neste sábado, dia 20, em São Carlos.
O químico estava internado no Hospital Instituto de Moléstias Cardiovasculares, em São José do Rio Preto (SP), e morreu em consequência de um infarto do miocárdio.
Chierice desenvolveu em seu laboratório, no Instituto de Química da USP, a fosfoetanolamina sintética, que ficou conhecida em todo o Brasil como a “pílula do câncer”. Ele chegou a distribuir gratuitamente 50 mil cápsulas da substância por mês para vítimas de câncer.
O professor, que nasceu em Rincão/SP e concluiu a graduação em química na UNESP de Araraquara, fez mestrado e doutorado na USP em São Paulo.
Em 2015 ele ficou conhecido em todo Brasil depois de uma polêmica envolvendo sua pesquisa e a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que proibiu a distribuição da fosfoetanolamina. Vários pacientes com câncer entraram na justiça para obter a substância.
No ano seguinte, a então presidente Dilma Rousseff autorizou por meio de lei o uso da fosfoetanolamina, mas pouco tempo depois o STF – Supremo Tribunal Federal suspendeu a legislação, proibindo o governo a fornecer a substância.
Gilberto Orivaldo Chierice, que foi professor do Instituto de Química de São Carlos (IQSC), deixou esposa, dois filhos e quatro netos.
