Por Ed Junior e Marcelo Bonholi
Foi identificado na tarde desta segunda-feira (21), o corpo que foi encontrado carbonizado em uma mata do Jardim São Rafael, em Araraquara-SP.
A vítima, do sexo masculino, tinha sinais de espancamento e o encontro de seu corpo se deu na noite de domingo (20).
Ele foi identificado como Júlio César Pelegrino, de 50 anos. Segundo as informações, Júlio era conhecido como Tiquinho e era morador em situação de rua.
De acordo com a polícia, Júlio Cesar tinha passagens policiais. As investigações sobre o caso prosseguem.
Entenda o caso
Na noite deste domingo (20), duas chamadas simultâneas para o Corpo de Bombeiros e para a Polícia Militar acabaram em um caso misterioso e um corpo carbonizado, em Araraquara.
Segundo informações, uma viatura da Polícia Militar patrulhava o Jardim Roberto Selmi Dei, quando uma mulher ferida parou a viatura pedindo por socorro. Ela informou ser mantida refém desde o último dia 18, sendo socorrida.
Durante o atendimento da ocorrência, viaturas do Corpo de Bombeiros que controlavam as chamas de uma área de mata, nas imediações do local onde a mulher era atendida, localizaram um corpo enrolado em um edredom e carbonizado pelas chamas.
A mulher, de 40 anos, que era atendida pela equipe de policiais, informou saber quem havia carregado o corpo para o meio do mato, enrolado em um cobertor, apontando a residência de um casal que estaria envolvido no crime.
Ao consultar os dados da mulher ferida, foi constatado que ela era foragida do sistema prisional. No local apontado, o casal foi detido.
O local onde o corpo foi encontrado foi preservado para o trabalho da perícia e após a liberação, o corpo foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de Araraquara.
A funerária Sinsef, que recolheu o corpo, busca por informações que possam encontrar parentes da vítima e sua identificação, sendo informado as seguintes características: uma tatuagem de carpa na perna direita, moreno, com barba e bigode.
Na delegacia o caso foi registrado como homicídio, a testemunha foragida foi encaminhada para a cadeia feminina de São Carlos e o casal apontado pelo crime foi liberado, tendo em vista a falta de materialidade que ligasse os dois ao fato.
Os investigadores da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) assumiram as investigações e buscam pistas sobre o crime.
A residência onde o casal estava também foi periciada pelos técnicos do IC (Instituto de Criminalística), pois a vítima apresentava sinais de violência. Uma outra testemunha, relata que a mulher ferida não estava em cárcere privado, mas sim consumindo drogas na sua companhia.