O Governo do Estado e o Instituto Butantan anunciaram na última sexta-feira (26) que Araraquara e Santos integram uma fase experimental de um novo tratamento para a Covid-19: uma rede de transfusão de plasma sanguíneo convalescente.
O prefeito Edinho Silva participou da entrevista coletiva de anúncio da parceria, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Prefeitura e Butantan já trabalhavam no desenvolvimento do projeto, que agora foi formalizado.
A entrevista coletiva teve presenças do vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM), do presidente do Butantan, Dimas Covas, do prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB), além de secretários estaduais e integrantes do Centro de Contingência do Coronavírus.
O novo tratamento funciona assim: o plasma (parte líquida do sangue) é retirado de uma pessoa que se curou da Covid-19 e aplicado em um paciente que está infectado. Os anticorpos do plasma estimulam o organismo a se defender da doença, reduzindo os casos mais graves e óbitos causados pela Covid-19.
"É no plasma que se concentram os anticorpos. Ele vai funcionar como uma 'vacina imediata'", explicou o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.
O plasma será utilizado em pacientes com mais de 60 anos, com comorbidades ou imunossuprimidos, e em até 72 horas do início dos sintomas.
Para doar o plasma, a pessoa precisa ter se recuperado da Covid-19 há pelo menos 30 dias, ter boas condições de saúde no momento da doação, ter entre 16 e 69 anos e pesar no mínimo 50 kg.
Além do Butantan, a implantação do tratamento com plasma será realizada em parceria com o Hemonúcleo Regional de Araraquara, vinculado à Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp, e terá apoio da Agência Transfusional da Unimed Araraquara.