A portaria da fábrica IESA, na Avenida Homero Nigro, em Araraquara, foi mais uma vez tomada por trabalhadores, que tentam receber seus direitos trabalhistas. Neste momento, dezenas de funcionários, demitidos da metalúrgica há meses, estão mobilizados na frente da fábrica e utilizam até pneus para bloquear a entrada principal da empresa.
Em entrevista ao Jornal da Morada (AM/FM), um dos manifestantes disse que muitos demitidos estão passando por dificuldades financeiras com suas famílias. “Tem gente vendendo carro, casa e outros bens para pagar as contas atrasadas. Teve um colega que tirou a própria vida por causa de tudo isso.”
Os ex-funcionários exigem a presença do diretor presidente da empresa para negociar com o grupo de trabalhadores uma saída para o impasse. Viaturas da Polícia Militar acompanham o protesto, que segue pacífico na frente da IESA.
Na semana passada mais de 100 funcionários ativos da metalúrgica, que estão com salários atrasados, realizaram uma concentração por dois dias na frente da fábrica e impediram a retirada de um rotor da empresa, que seria levada pela Andritz Hydro – fabricante da peça, para uma fábrica no ABC Paulista. Na quarta-feira, dia 19, a IESA prometeu pagar os salários pendentes dos grevistas que ganham até R$ 3 mil por mês. A greve foi encerrada.
Mas, quem foi demitido e ainda não recebeu, também quer seus direitos trabalhistas garantidos. Eles prometem manter a portaria bloqueada enquanto o impasse não for resolvido.
