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Diretoria da Beneficência entra com novo recurso na Justiça

Venda foi homologada pela Justiça nesta terça-feira (6); nova diretoria entrou com agravo de petição após ter recurso negado

A diretoria da Beneficência Portuguesa de Araraquara está decidida a lutar na Justiça para impedir a concretização da venda do hospital para o Grupo São Francisco, que arrematou o prédio em leilão pelo lance mínimo de R$ 23 milhões.

Na noite desta terça-feira, dia 6, a Justiça do Trabalho homologou a venda e negou recurso do grupo Gestal, que está na cidade há cerca de 2 meses e promete recuperar o hospital, que funcionou durante 103 anos. E, na tarde desta quarta-feira, o departamento jurídico da Beneficência Portuguesa representou na instância superior contra essa decisão e entrou com agravo de petição na Justiça.

“Fizemos várias propostas para quitar a dívida trabalhista e reabrir o hospital em 120 dias, mas todas, foram rejeitadas pelo sindicato e pela Justiça”, disse Luiz Humberto de Almeida Pereira, novo presidente da Beneficência. Ele ressaltou que a intenção da nova diretoria, em parceria com o grupo Gestal, é reabrir o hospital com 60% dos atendimentos dedicados à pacientes do SUS – Sistema Único de Saúde. E recontratar as dezenas de ex-funcionários.

Na manhã de hoje, em entrevista ao Jornal da Morada (AM/FM), Leide Mengatti, presidente do SinSaúde – sindicato que representa os mais de 300 ex-funcionários do hospital – avaliou a situação das dívidas trabalhistas. “O grupo São Francisco arrematou o prédio, é preciso lembrar que existem outros bens, e as dívidas totais são de R$ 70 milhões. Apenas as dívidas trabalhistas somam R$ 25 milhões. Ainda não se pode falar em pagamento. No entanto, o mais importante agora é a reabertura do hospital”, disse.

para o presidente da Beneficência, os números estão supervalorizados. “Realizamos uma auditoria e, na verdade, a dívida total não deve passar de R$ 55 milhões”, analisa Pereira. Segundo documentos apresentados à reportagem, pelo presidente, a dívida trabalhista ajuizada gira em torno de R$ 15 milhões, além de R$ 25 milhões de dívida tributária e mais R$ 13 milhões de pendência civil.

E, enquanto o impasse continua na Justiça, as mais de 300 famílias dos ex-funcionários seguem na incerteza de ter seus direitos trabalhistas garantidos. Confira como estão as instalçoes em alguns quartos da Beneficência Portuguesa, como UTI neonatal, centro cirúrgico e Salão Nobre.

Confira como estão as instalaçoes em alguns quartos da Beneficência Portuguesa

 

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