Os atos realizados nesta terça-feira, feriado de 7 de setembro, reuniram milhares de pessoas em diversas cidades brasileiras, especialmente em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. O presidente Jair Bolsonaro discursou aos apoiadores na capital federal e na capital paulista e novamente fez duros ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os discursos foram recebidos como ameaças por membros dessas instituições e por partidos políticos, que veem a possibilidade de crime de responsabilidade nas falas do presidente.
Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara, ocupou as redes sociais para pedir “capacidade de unidade” contra “o que mais do que nunca se evidencia”. Edinho considerou que os atos deste 7 de setembro representaram um risco institucional e comparou o movimento à instalação do Fascismo nas primeiras décadas do século XX. “Em 1919, em resposta à crise econômica, pós-Primeira Guerra, e crise política, declínio da Monarquia, nasce o Partido Nacional Fascista na Itália. Em 1921 o Fascismo se torna o grande vitorioso nas eleições. Setembro 22, organizado por milícias fascistas, realizam a Marcha sobre Roma. 50 mil pessoas no início do séxulo XX ‘emparedando o poder instituído’. Em 24 o Fascismo frauda as eleições. Em 25 instituem o regime de exceção até 43”.
O prefeito comparou os eventos europeus do século passado ao atual momento político brasileira. “Cabe às forças democráticas do país ler a história, entender o Brasil e se unificarem contra o que mais do que nunca evidencia. O Fascismo está articulando um ataque a frágil democracia. Temos que ter capacidade de unidade”, concluiu.