InícioEntretenimentoEntrevista: atração da Virada Cultural, Fresno prepara show inesquecível

Entrevista: atração da Virada Cultural, Fresno prepara show inesquecível

Banda comemora quinze anos de carreira, mostra amadurecimento no repertório e se apresenta no sábado, no palco principal da Virada Cultural em Araraquara

Após lançar um DVD especial em comemoração aos 15 anos de carreira, a banda Fresno faz turnê por todo o país com a proposta de apresentar uma ópera-rock.

O novo trabalho revela também o amadurecimento da banda, que começou quando os músicos ainda eram adolescentes. Hoje, o repertório tem a preocupação de propor uma reflexão sobre a sociedade e seus dilemas.

Na entrevista abaixo, o grupo fala da expectativa de voltar a se apresentar em Araraquara, na Virada Cultural Paulista. O show ocorre neste final de semana.

 

PM – Como foi completar 15 anos de carreira? Como ficou o coração no show de comemoração e revisitar o repertório de todos os lançamentos da banda?

Fresno – Foi sensacional! O show da gravação do DVD de 15 Anos foi um dos momentos mais marcantes da carreira da Fresno. Fãs vieram do Brasil inteiro. Nossos familiares e amigos também vieram de muito longe. Além de ser um dia especial, aquela noite gerou o nosso tão sonhado DVD, que ameaçávamos gravar há muito tempo. Fizemos uma demorada e muito discutida seleção das 24 músicas mais importantes da nossa carreira, e creio que acertamos em cheio.

 

PM – Que diferenças enxergam do disco mais recente para o início da carreira?

Fresno – São 17 anos de banda, e isso é realmente muito tempo. Começamos adolescentes morando com os pais, nossos mudamos para São Paulo, superamos diversos obstáculos, e hoje estamos com a banda consolidada e fazendo muitos shows. Tudo isso se reflete nas músicas. Isso é perceptível analisando as letras, por exemplo. Também evoluímos musicalmente, hoje somos melhores músicos. Também é perceptível nos arranjos. Uma coisa muito legal na Fresno é isso: muita coisa mudou, evoluiu, está diferente. Mas quem houve o 1º e o último disco percebe que a essência da banda sempre está lá.

 

PM – Como foi ter a participação de Caetano Veloso em "Hoje eu sou trovão"? Como foi essa junção de gêneros musicais?

Fresno – Antes de tudo, uma honra enorme. Consegue imaginar um dos maiores nomes da música brasileira e mundial participando do teu disco? É surreal. Fizemos o convite, mostramos a música, e ele aceitou. Ficamos muito felizes. O Caetano é um cara que transita em todos os gêneros musicais, então gravar com uma banda de rock não é nenhuma novidade para ele. Houve uma sintonia rápida, e o resultado foi uma das músicas mais legais da história da Fresno.

 

PM – De onde veio a ideia de incluir cordas, sopros e percussão em "Sexto Andar"? Buscaram nela uma sonoridade mais grandiosa?

Fresno – Já vínhamos incluindo as cordas desde o EP Cemitério das Boas Intenções, que lançamos em 2011. O Lucas Lima (Família Lima) é um grande amigo nosso, e nós sempre abusamos dele para escrever os arranjos e reger a orquestra. Ele conhece bem a banda, e nós sabemos que dá para confiar nele de olhos fechados. Estamos usando a orquestra cada vez mais nos nossos discos. A sonoridade é linda e se encaixa perfeitamente com as músicas que estamos escrevendo e com o sentimento que queremos passar.

 

PM – Cabe no disco a classificação ópera-rock ou é preferível não rotular?

Fresno – Eu acho bacana esse rótulo. Uma das principais características de uma ópera-rock é a narrativa, e no nosso último álbum existe uma narrativa clara que conta uma história da música 1 até a 11, falando do mesmo tema, e com início, meio e fim.

 

PM – Que mensagem vocês buscam passar nessa nova fase da banda? Há alguma novidade a caminho?

Fresno – Na Sinfonia… nós estamos propondo às pessoas questionarem e pensarem sobre muitas coisas que acontecem no universo inteiro. Poeira Estelar fala isso bem diretamente, Sexto Andar e Axis Mundi também. A Fresno é uma banda que sempre falou muito de questões pessoais e introspectivas, mas hoje estamos questionando coisas muito maiores, mesmo que por vezes centradas em torno da primeira pessoa.

 

PM – O que esperam dessa participação na Virada?

Fresno – Uma das coisas mais legais dos shows na Virada Cultural é uma quantidade enorme de pessoas, um mar de gente assistindo aos shows. Esse é um tipo de show que a gente curte muito fazer. Além disso, nunca tocamos em Assis, e em Araraquara e Indaiatuba não tocamos há bastante tempo. Ou seja, além do público cativo da Virada, vamos ter muitos fãs da Fresno que talvez estejam há bastante tempo sem nos ver ao vivo. Esses shows têm tudo para serem memoráveis!

 

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