A escolta de presos no estado de São Paulo passa a ser feita pela Secretária de Administração Penitenciária (SAP) em cidades do interior e baixada santista a partir desta segunda-feira (17), e até maio em todo estado. Com isso, policiais militares que eram destacados para o transporte de presos a audiências judiciais, tratamento médico fora de presídios ou transferências de unidades prisionais passaram a patrulhar as ruas.
A Secretária de Administração Penitenciária é responsável por 181 unidades prisionais em todo estado, sendo 153 delas, no interior e litoral. Conforme a SAP, em média 90 mil escoltas de presos são realizadas por ano em todo estado de São Paulo, cerca de uma a cada 5 minutos. Com a mudança, que era aguardada pela categoria há duas décadas, o sindicato dos agentes qualifica a transferência total da escolta como precipitada e citam a falta de efetivo e armamentos para policiais penais.
O Governo de São Paulo, por sua vez, efetivou 1.586 novos agentes de escolta e vigilância aprovados em concurso de 2014, e promete um investimento de R$ 50 milhões para a aquisição de 191 novas viaturas e armamentos específicos para a atividade em todo o estado de São Paulo.
Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária diz que: “Após um intenso estudo e trabalho conjunto de planejamento realizado pela equipe da pasta da Segurança Pública e da Administração Penitenciária, liderado pelos secretários Guilherme Derrite e Marcello Streifinger, a partir do mês de maio a SAP assumirá por completo todas as escoltas de presos no Estado de São Paulo.
Retirando, assim, todo o ônus que recaia sobre a Polícia Militar. Trata-se de um anseio antigo, cujo objetivo precípuo é aumentar o número de policiais no patrulhamento das ruas, retornando a Administração Penitenciária a atribuição legal que lhe é devida, o que certamente assegurará à sociedade paulista mais segurança, maior proteção e um combate ao crime mais efetivo”.
