InícioNotíciasGeralFamiliares da vítima do Botânico cobram “Lava Jato” contra o crime

Familiares da vítima do Botânico cobram “Lava Jato” contra o crime

Em artigo publicado pela Folha de S. Paulo, Cristian Margiotti, filho da empresária morta no Parque, critica a legislação e o combate ao crime no país

 

Cristian Margiotti, filho da empresária Tereza Margiotti, morta no último dia 30 de setembro, no Parque do Jardim Botânico, em Araraquara, assina um artigo publicado nesta segunda-feira (31), pelo jornal Folha de São Paulo.

O texto, intitulado “Quem será o próximo”, compõe a coluna Tendências & Debates e recupera as circunstâncias do crime, quando Tereza, 59 anos, fazia sua costumeira caminhada no parque quando foi abordada por um indivíduo, que a arrastou para uma área do parque com mato alto, abusou e matou utilizando duas facas.

O filho da empresária, que também é advogado, criticou a impossibilidade de prisão em flagrante do suspeito, que havia sido detido pela polícia dias antes do assassinato, mas foi liberado em decorrência da legislação eleitoral. “O cidadão chegou a atacar duas garotas, que escaparam da tentativa de estupro. Roubou, em seguida, uma bicicleta, foi preso pela Polícia Militar, mas acabou liberado, segundo se sabe, em razão da lei eleitoral – nenhum eleitor pode ser preso, salvo em flagrante ou em cumprimento de sentença criminal, cinco dias antes da eleição. Todas as autoridades envolvidas nessa sequência de fatos têm uma boa explicação para justificar o que fizeram. Acontece isso sempre.”, afirma Margiotti.

Em seguida, o advogado enumera dados da violência no Brasil, país que registra a marca de “quase 60 mil óbitos violentos por ano”. “Sempre observei esse números como estatísticas que envergonham o país, até chegar a vez de minha mãe”.

O artigo é encerrado com o filho da vítima traçando um paralelo entre o combate à corrupção e o combate à violência no país. “Mas quando conheceremos uma Lava Jato para enfrentar a onda de homicídios que banalizou a vida em nosso país? Quantos ainda precisarão morrer? Agora foi minha mãe, quem será o próximo? ”, conclui.

 

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