InícioEsporteFerroviária na década de 1970: Despedida de Bazani

Ferroviária na década de 1970: Despedida de Bazani

Maior jogador afeano pendurou as chuteiras em uma época em que o time não conseguiu repetir o brilho da década anterior

Os anos 70 não tiveram o mesmo brilho para a Ferroviária, porém não faltaram vitórias sobre os grandes clubes, como o triunfo por 4 a 1 sobre o Santos de Pelé em 1971. A década teve um início animador, já que por muito pouco a equipe não conquistou o tetracampeonato do Interior. Com o Paulistão mais curto por conta da Copa do Mundo, o time grená terminou em sétimo lugar e perdeu o título de melhor clube interiorano para a Ponte Preta.

Em 28 de março de 1973, a Ferroviária perdeu para o Guarani por 1 a 0 na Fonte Luminosa, em jogo que marcou o encerramento da carreira de atleta de Bazani, que vestiu a camisa grená de 1954 a 1973 (exceto em 1963 e 1964, quando atuou pelo Corinthians). O Rabi, como era apelidado, marcou 244 gols em 758 jogos pela Locomotiva, marcas jamais alcançadas por outros atletas. Bazani, no entanto, não se despediu da Ferroviária, onde seguiu atuando como funcionário e muitas vezes como técnico. Falecido em 2007, seu busto se encontra hoje na entrada do Estádio da Fonte Luminosa, sendo ele o único atleta afeano a ser homenageado com essa honraria.

Voltando ao ano de 1971, a Ferroviária conquistou o título do Paulistinha (torneio de classificação para o Campeonato Paulista), onde o time permaneceu invicto por 14 jogos. No dia 9 de abril de 1972, foi inaugurado o primeiro lance de arquibancadas de concreto da Fonte, em um jogo onde o Palmeiras venceu a Locomotiva por 1 a 0 pelo Paulistão. Em 1973, a AFE conseguiu a aquisição do Estádio da Fonte Luminosa, na gestão do presidente José Wellington Pinto. No Paulistão, novamente perdeu o título do Interior para a Ponte Preta. Dessa vez, os dois times terminaram empatados e a Federação Paulista promoveu dois jogos entre os dois, onde a Macaca levou a melhor por 2 a 0 em Araraquara e 1 a 0 em Campinas.

Em 1972, a Ferroviária não se deu bem no Paulistão, onde terminou em 11º lugar, à frente apenas do XV de Piracicaba. Em 1973, outra colocação abaixo de suas expectativas com o 10º lugar. Depois de ter se ausentado do Paulistão de 1974 por ter perdido a última vaga do Paulistinha para o Noroeste, a equipe grená ressurgiu no Paulistão de 1975, porém novamente sem muito destaque, com uma campanha marcada por mais derrotas do que vitórias (16º entre 19 participantes). Em 1976, terminou em 12º. Em 1977, contou com o comando do técnico campeão mundial Aymoré Moreira, que conseguiu salvar o time do rebaixamento nas últimas rodadas. Em 1978, a Ferroviária conseguiu se classificar para as quartas de final do Paulistão, porém acabou eliminada pela Ponte Preta. Em 1979, a Locomotiva terminou em 8º em um ano marcado pelo surgimento de um de seus maiores craques: o meia Douglas Onça. 

 

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