Dois guardas civis de Araraquara foram afastados da função após uma ocorrência que terminou com um disparo de arma de fogo no último sábado, no Jardim Paraíso. O disparo foi efetuado com uma arma pessoal de um dos agentes, o que é proibido pelo regimento da Guarda Civil Municipal.
A informação registrada em boletim de ocorrência apontava que, durante patrulhamento na Unidade da Saúde da Família Dr. José Ricardo de Carvalho Angelieri (USF Jd. Paraíso), a viatura com dois agentes municipais foi cercada por aproximadamente 20 pessoas armados com tijolos e pedaços de pau em retaliação a uma ação anterior do município, que recolheu inservíveis no local. Diante do risco de agressão, um dos guardas sacou a arma e teria efetuado um disparo para o alto com o intuito de dispersar o grupo para a saída da viatura.
A Secretaria Municipal de Cooperação dos Assuntos de Segurança Pública contesta a versão dos guardas. O Coronel João Alberto Nogueira Júnior, responsável pela pasta, afirmou em entrevista ao Jornal da Morada que a tensão entre os agentes e populares foi provocada por uma ação dos guardas, que deixaram o patrulhamento na unidade e fizeram uma abordagem a um indivíduo, que desencadeou o tumulto. “Foi uma precipitação desses profissionais. Uma ação isolada da Guarda e nós vamos aturar de forma rigorosa na apuração desse fato. A arma encorajou a ação desses profissionais”, declarou. Segundo a secretaria, considerando a proximidade com um local que opera como ponto de tráfico de drogas, a ação não seria atribuição da GCM.
Por meio de nota, a secretaria confirmou que a arma utilizada pelo agente era de uso pessoal. “Neste caso, por ter cometido uma transgressão disciplinar, será instaurado um PAD para apurar o fato, já que a Lei Ôrgânica da GCM proíbe a utilização de arma de fogo particular em serviço”.
Apesar dos danos à viatura, ninguém ficou ferido. O caso está sendo apurada pela Polícia Civil e pela Corregedoria da Guarda Civil Municipal.