Começou nesta terça-feira (26), no Fórum de Araraquara, o julgamento dos dois homens apontados como responsáveis pela morte do empresário Jonathan Ruz Barbosa Simão, assassinado a tiros em julho de 2022, aos 40 anos. O caso está sendo analisado pelo Tribunal do Júri, conhecido como júri popular.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo, Antônio Diógenes de Oliveira Souza, de 39 anos, seria o mandante do crime, enquanto Pedro Henrique Alves Vieira, de 28, teria sido o executor. Ambos respondem por homicídio qualificado, mediante recompensa, com emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de porte ilegal de arma de fogo e outros delitos ligados ao caso.
O crime
O assassinato ocorreu no dia 9 de julho de 2022, na Avenida Luiz Sotratti, no Jardim Indaiá. Jonathan estava dentro de seu carro, conversando com um funcionário em frente a um galpão, quando um homem de capacete se aproximou e disparou cinco vezes, matando-o no local.
Prisões e investigações
Três meses após o crime, Antônio Diógenes foi preso pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) em sua residência, também no Jardim Indaiá. Na ocasião, a polícia apreendeu celulares, anotações, cheques e cerca de R$ 25 mil em dinheiro vivo. Ele negou participação no assassinato e respondeu ao processo em liberdade.
Já Pedro Henrique foi localizado dias depois no município de Potengi, no Ceará, e transferido para a Penitenciária de Araraquara, onde permanece preso até hoje. Conforme as apurações, ele era funcionário e sócio de Antônio em um açougue localizado no bairro Nova Santa Lúcia, em Santa Lúcia.
Motivação
Segundo o delegado Fernando Teixeira Bravo, que coordenou as investigações, a execução estaria ligada a uma dívida de aproximadamente R$ 700 mil, referente à compra de barracões não quitada pela vítima.
“Foi um trabalho complexo, porque desde o início havia indícios claros de execução. Recebemos relatos de que a vítima vinha sofrendo várias ameaças. Tudo aponta para uma disputa envolvendo valores altos e até mesmo o local onde o crime aconteceu”, destacou Bravo na época.
Testemunhas
No total, 11 testemunhas foram arroladas pela acusação, incluindo policiais civis envolvidos na apuração, familiares da vítima e duas testemunhas protegidas, cuja identidade permanece sob sigilo por medida de segurança.
Acompanhe no link abaixo a cobertura feita pelo repórter Marcelo Bonholi no dia do crime:
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