InícioEspaço PetLeishmaniose: doença pode afetar humanos e animais

Leishmaniose: doença pode afetar humanos e animais

Campanha "Agosto Verde Claro" alerta sobre os riscos da doença. Confira as dicas

A médica veterinária Giovana Varallo, da Coordenadoria de Bem-Estar Animal da Prefeitura de Araraquara, explicou sobre a campanha “Agosto Verde Claro”, que tem objetivo de conscientização sobre a prevenção à leishmaniose.

Causada por um parasita, mais especificamente por protozoários do gênero leishmania, a leishmaniose é uma enfermidade que acomete pessoas e animais, sendo considerada uma zoonose.

“O Agosto Verde Claro vem alertar sobre uma doença importante tanto no cenário da medicina veterinária quanto na medicina humana, que é a leishmaniose. Existem várias espécies que podem causar a doença, mas aqui no Brasil, especialmente em cães, a espécie mais importante é a leishmania infantum”, explica Giovana.

A doença tem transmissão vetorial, ou seja, é transmitida tanto para o homem quanto para os animais por meio da picada de insetos infectados, os flebotomínios, também conhecidos como mosquito-palha.

O diagnóstico pode ser feito pela visibilização do protozoário em algum exame específico e por exames sanguíneos que detectem a presença de anticorpos. Outros sinais aparentes são o aumento de linfonodos nos animais, lesões na pele, aumento excessivo das unhas e inchaço abdominal. “Mas alguns animais podem ser assintomáticos. Por isso, as visitas rotineiras ao médico veterinário são muito importantes”, afirma a especialista.

A prevenção da doença pode ser feita deixando os quintais sempre limpos, evitando que os animais andem sozinhos pelas ruas e levando-os para consultas frequentes ao veterinário. Também existem coleiras impregnadas com inseticidas que são específicas para esses animais e estão disponíveis no mercado pet.

Coordenadoria
Giovana ainda relatou um pouco do trabalho desenvolvido pela Coordenadoria de Bem-Estar Animal no Parque do Pinheirinho. Um dos serviços oferecidos é a castração gratuita de animais. “O tutor que tiver interesse em levar o animal para esterilização tem que comprovar renda de até três salários mínimos e fazer um cadastro para a Prefeitura conseguir entrar em contato e fazer a cirurgia no animal”, disse a médica.

O interessado deve comparecer à própria coordenadoria (no Pinheirinho), na sede da Prefeitura (Paço Municipal) ou no posto de atendimento do Selmi Dei. É necessário levar cópia de RG, CPF, comprovante de renda e comprovante de endereço.

Outro programa de destaque da coordenadoria é a arrecadação de ração para animais de pessoas em vulnerabilidade social. Isso é realizado em parceria com empresas e pessoas físicas que fazem a doação das rações que, posteriormente, são destinadas para os pets das famílias beneficiadas. A coordenadoria faz o recebimento dessas doações.

O Parque do Pinheirinho também possui um ambulatório veterinário sem vínculo com a Prefeitura, gerido pela AAPA (Associação Araraquarense de Proteção aos Animais) em regime de concessão, em que as consultas veterinárias são gratuitas, mas existe cobrança em outros procedimentos. O Município possui um projeto de criação de um ambulatório móvel para atendimento gratuito prioritário de pets de pessoas em vulnerabilidade social.

A coordenadoria funciona de segunda a sexta, das 7h às 15h. Mais informações podem ser conferidas no telefone (16) 3339-4441 ou no e-mail bemestaranimal@araraquara.sp.gov.br.

Dicas de prevenção contra a leishmaniose:

– Mantenha o mosquito-palha longe da sua casa: mantenha sempre limpos o seu quintal e a sua casa;

– Use repelente. Para tanto, converse com um médico para melhor orientação;

– Mantenha o mosquito-palha longe do seu bichinho: no mercado pet é possível encontrar coleiras impregnadas com inseticidas específicos que repelem, de forma bastante eficaz, o mosquito-palha. Vale muito a pena investir nessa modalidade de controle, pois, sobretudo, protege seu cão ou gato contra os flebotomínios. Além disso, mantenha sempre limpo o abrigo do seu pet;

– Não deixe os animais soltos na rua. Passeios somente na coleira, com a supervisão do tutor;

– Leve seu animal para consultas rotineiras ao médico veterinário.

Sair da versão mobile